terça-feira, janeiro 06, 2004
Eu
E porque gosto de ler Florbela Espanca, deixo-vos um soneto seu da minha preferência... espero que gostem...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucuficada... a dolorida...
Sombra de névoa e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Coincidência ou não, comecei a ler a poesia desta magnifica senhora numa altura em que, simultaneamente, descobria a dor...)
E porque gosto de ler Florbela Espanca, deixo-vos um soneto seu da minha preferência... espero que gostem...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucuficada... a dolorida...
Sombra de névoa e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Coincidência ou não, comecei a ler a poesia desta magnifica senhora numa altura em que, simultaneamente, descobria a dor...)
моё Монмартровское утро. by Dusianna