quinta-feira, junho 30, 2005
Momentos - III
Fecho os olhos lentamente,
E sinto a paz que me trespassa
Sem me tocar, numa delicadeza sem fim.
Fico quieta nesse momento eterno
Em que de seda são feitos os meus sonhos,
De verdade as minhas palavras
E de nobreza os meus sentimentos...
Faço da grandeza do meu orgulho
Um mundo revestido pela humildade
E a teus pés fico, deslumbrante
E deslumbrada pela tua beleza,
Esperando assim permanecer...
Adriane Leite
Lambda I by thorsten jankowski
Fecho os olhos lentamente,
E sinto a paz que me trespassa
Sem me tocar, numa delicadeza sem fim.
Fico quieta nesse momento eterno
Em que de seda são feitos os meus sonhos,
De verdade as minhas palavras
E de nobreza os meus sentimentos...
Faço da grandeza do meu orgulho
Um mundo revestido pela humildade
E a teus pés fico, deslumbrante
E deslumbrada pela tua beleza,
Esperando assim permanecer...
Adriane Leite
Lambda I by thorsten jankowski
segunda-feira, junho 27, 2005
Sem Título II
Minh'Alma perdeu-se na bruma da manhã.
Percorreu o invisível e no seu esplendor
Viveu instantes de agonia
Até encontrar o seu amor...
E só já não me sinto!
Adriane Leite
Lori by DANA MAITEC
Minh'Alma perdeu-se na bruma da manhã.
Percorreu o invisível e no seu esplendor
Viveu instantes de agonia
Até encontrar o seu amor...
E só já não me sinto!
Adriane Leite
Lori by DANA MAITEC
domingo, junho 26, 2005
Um Passo de Dança
Se te pedisse para dançares comigo
Dançarias?
Sentir a música bem cá dentro
E deixar o corpo movimentar-se livremente
Como que um acto inconsciente
Por este som que hipnotiza...
Brilhar mais perto do sol
Das estrelas
Da lua
E dançar, dançar, dançar
Até o dia nunca acabar
E a noite constantemente a recomeçar...
Levar a mente para bem longe
E soltar energias
Sentindo-nos uns vencedores
Em terras de ninguém;
Sentir que o mundo pode ser amor
Num simples passo de dança...
Ver o teu sorriso em forma de felicidade
E a minha em forma de saudade
Da música que passa
E fica no coração
Da gente que ama
E por ela estremece de admiração.
Dança comigo hoje, sempre...
Dança meu amor, dança comigo!
Adriane Leite
"The Miracle of Life" by Virgiliu Narcis
Se te pedisse para dançares comigo
Dançarias?
Sentir a música bem cá dentro
E deixar o corpo movimentar-se livremente
Como que um acto inconsciente
Por este som que hipnotiza...
Brilhar mais perto do sol
Das estrelas
Da lua
E dançar, dançar, dançar
Até o dia nunca acabar
E a noite constantemente a recomeçar...
Levar a mente para bem longe
E soltar energias
Sentindo-nos uns vencedores
Em terras de ninguém;
Sentir que o mundo pode ser amor
Num simples passo de dança...
Ver o teu sorriso em forma de felicidade
E a minha em forma de saudade
Da música que passa
E fica no coração
Da gente que ama
E por ela estremece de admiração.
Dança comigo hoje, sempre...
Dança meu amor, dança comigo!
Adriane Leite
"The Miracle of Life" by Virgiliu Narcis
quinta-feira, junho 23, 2005
Sentimentos e Pensamentos Mistos
O baloiço envergado na ramada do quintal ganhou ferrugem, corroeram-se as cordas. A bolinha colorida que costumava enfeitar a Árvore de Natal reflecte um rosto amargurado, inanimado; de tão velha e usada quebrou-se, originando gretas nas mãos por onde o meu sangue rubro sai com toda a força. Os chocolates em forma de Pai Natal derreteram-se num tempo febril em que as elevadas temperaturas chocaram com o gelo que me advém da alma. O sorriso que a tua máquina fotográfica costumava captar ficou preso a esse passado de pura ilusão, magia, pureza, despreocupação. Os amigos que não tive acenam com uma inocência pueril peculiar. Levam-me a acreditar, depois de tantos anos passados, que são verdadeiros e não fruto de uma ilusão desgastante. Os caracóis do teu cabelo, ai esses caracóis que me animavam e que tu juravas nunca cortar!
Recordo um campo repleto de malmequeres por onde corria com vontade de abraçar o mundo, com vontade de te abraçar para sempre. Com eles fiz um colar e uma coroa e na tua rainha me tornei.
Sabes, os falsos amigos atormentam-me. Não sei se me fundi na sua falsidade ou se foi na minha falsidade que eles se desgraçaram. Amizades, poucas, que fiz e que me deram o sabor da eternidade recordo-as com carinho e com tristeza... e com saudade. Serei eu um dia digna do seu perdão?
E eu fico assim, bem, numa dor incompreensível a que já me habituei... Fico presa num nó que, a cada dia que passa, aperto um pouco mais para que a dureza aparente e a indiferença em forma de máscara não deixem de serem vistos, sentidos e acreditados como autênticos e reais...
Eu fico bem nesta inquietude que me aquieta, nestas lágrimas negras que dão um tom claro à minha alma....
Eu fico bem, muito bem...
O baloiço envergado na ramada do quintal ganhou ferrugem, corroeram-se as cordas. A bolinha colorida que costumava enfeitar a Árvore de Natal reflecte um rosto amargurado, inanimado; de tão velha e usada quebrou-se, originando gretas nas mãos por onde o meu sangue rubro sai com toda a força. Os chocolates em forma de Pai Natal derreteram-se num tempo febril em que as elevadas temperaturas chocaram com o gelo que me advém da alma. O sorriso que a tua máquina fotográfica costumava captar ficou preso a esse passado de pura ilusão, magia, pureza, despreocupação. Os amigos que não tive acenam com uma inocência pueril peculiar. Levam-me a acreditar, depois de tantos anos passados, que são verdadeiros e não fruto de uma ilusão desgastante. Os caracóis do teu cabelo, ai esses caracóis que me animavam e que tu juravas nunca cortar!
Recordo um campo repleto de malmequeres por onde corria com vontade de abraçar o mundo, com vontade de te abraçar para sempre. Com eles fiz um colar e uma coroa e na tua rainha me tornei.
Sabes, os falsos amigos atormentam-me. Não sei se me fundi na sua falsidade ou se foi na minha falsidade que eles se desgraçaram. Amizades, poucas, que fiz e que me deram o sabor da eternidade recordo-as com carinho e com tristeza... e com saudade. Serei eu um dia digna do seu perdão?
E eu fico assim, bem, numa dor incompreensível a que já me habituei... Fico presa num nó que, a cada dia que passa, aperto um pouco mais para que a dureza aparente e a indiferença em forma de máscara não deixem de serem vistos, sentidos e acreditados como autênticos e reais...
Eu fico bem nesta inquietude que me aquieta, nestas lágrimas negras que dão um tom claro à minha alma....
Eu fico bem, muito bem...
Adriane Leite
Her Misery by Sue Anna Joe
quarta-feira, junho 22, 2005
Quando Estou Só Reconheço
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
Why? by Ed Swinden
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
Why? by Ed Swinden
domingo, junho 19, 2005
Feliz Acordar
Hoje acordei a gostar um pouco mais de mim...
Por isso sorri!
Adriane Leite
Nadia by Justin Grant
Hoje acordei a gostar um pouco mais de mim...
Por isso sorri!
Adriane Leite
Nadia by Justin Grant
segunda-feira, junho 13, 2005
Destino Abrilhantado
O brilho da chama
Proveniente da vela
Colocada em cima da mesinha
Diz-me que a fé é um caminho a seguir;
Transmite paz
A qual o meu espírito absorve
Com toda a intensidade...
Faz-me acreditar que as coisas más
Fazem parte do passado
E que a harmonia entrou,
Finalmente,
Na minha vida como uma dádiva divina.
Sinto-me voar
Por entre nuvens sedosas
Que me recordam,
Incansáveis,
Os traços do teu rosto,
O brilho de uma alma única...
A beleza não se vê,
Sente-se,
Assim como eu te sinto...
Adriane Leite
The night before by Jean-Sebastien Monzani
O brilho da chama
Proveniente da vela
Colocada em cima da mesinha
Diz-me que a fé é um caminho a seguir;
Transmite paz
A qual o meu espírito absorve
Com toda a intensidade...
Faz-me acreditar que as coisas más
Fazem parte do passado
E que a harmonia entrou,
Finalmente,
Na minha vida como uma dádiva divina.
Sinto-me voar
Por entre nuvens sedosas
Que me recordam,
Incansáveis,
Os traços do teu rosto,
O brilho de uma alma única...
A beleza não se vê,
Sente-se,
Assim como eu te sinto...
Adriane Leite
The night before by Jean-Sebastien Monzani
quarta-feira, junho 08, 2005
Para Reflectir
O mundo não é um mau sítio - aquilo que lhe estamos a fazer é que causa os problemas.
Podes não ser capaz de mudar o mundo sozinho, mas podes desempenhar um papel importante para mudar a forma como o tratamos.
O caminho do erro pode tornar-se o caminho da verdade, mas só se o erro for reconhecido.
Viaja leve - as ideias preformadas e os preconceitos são bagagens desnecessárias.
(in Mil Caminhos para a Felicidade de David Baird )
Rusty old feelings by Haleh Bryan
O mundo não é um mau sítio - aquilo que lhe estamos a fazer é que causa os problemas.
Podes não ser capaz de mudar o mundo sozinho, mas podes desempenhar um papel importante para mudar a forma como o tratamos.
O caminho do erro pode tornar-se o caminho da verdade, mas só se o erro for reconhecido.
Viaja leve - as ideias preformadas e os preconceitos são bagagens desnecessárias.
(in Mil Caminhos para a Felicidade de David Baird )
Rusty old feelings by Haleh Bryan
domingo, junho 05, 2005
Mater
Week 37 by Juha Kivekäs
E fez-se luz quando tu deste à luz
No filho lindo a luzir em teus braços
Ao neles reconheceres teus traços
Nesses teus braços que o amparam nus.
Esta tua vida ganha outro sentido
Em tudo aquilo que até aqui se fez
Foram nove meses de gravidez
De duas vidas só, num destino unido.
E tu assim és mãe linda agora
És mulher tão completa e realizada
No sentido de um amor mais profundo.
Ao escutar feliz teu filho que chora
Sabes agora não te faltar nada
Porque trouxeste vida a este mundo.
João Natal
(É com imenso orgulho que publico este poema do João Natal que faz parte de um livro de poesia que apresento aqui no Zen com muita honra...)
Week 37 by Juha Kivekäs
E fez-se luz quando tu deste à luz
No filho lindo a luzir em teus braços
Ao neles reconheceres teus traços
Nesses teus braços que o amparam nus.
Esta tua vida ganha outro sentido
Em tudo aquilo que até aqui se fez
Foram nove meses de gravidez
De duas vidas só, num destino unido.
E tu assim és mãe linda agora
És mulher tão completa e realizada
No sentido de um amor mais profundo.
Ao escutar feliz teu filho que chora
Sabes agora não te faltar nada
Porque trouxeste vida a este mundo.
João Natal
(É com imenso orgulho que publico este poema do João Natal que faz parte de um livro de poesia que apresento aqui no Zen com muita honra...)
sexta-feira, junho 03, 2005
No Limite
Não me peças para ser o que não sou;
Não me peças para fingir o que não sinto;
Não me peças para fazer o que não sou capaz...
Não me digas para estar com que não estou;
Não me digas o que eu pressinto;
Não me digas para seguir em frente quando volto atrás...
Não faças promessas que não vais cumprir;
Não faças o que eu jamais faria;
Não faças aquilo de que te poderás arrepender...
Não sintas o que não venhas a admitir;
Não sintas a mentira como verdade (eu não compreenderia);
Não sintas a maldade que te prende nas agruras do anoitecer...
Pede-me o razoável;
Diz simplesmente que acreditas;
Faz o que consideras correcto e justo;
Sente sempre, nunca pares de sentir...
Não sou um ser deplorável,
Aquele que desacreditas,
Aquele que representa o teu susto.
Eu sou eu, com tudo o que tenho a cumprir...
Adriane Leite
Ice Fairy Melissa
Não me peças para ser o que não sou;
Não me peças para fingir o que não sinto;
Não me peças para fazer o que não sou capaz...
Não me digas para estar com que não estou;
Não me digas o que eu pressinto;
Não me digas para seguir em frente quando volto atrás...
Não faças promessas que não vais cumprir;
Não faças o que eu jamais faria;
Não faças aquilo de que te poderás arrepender...
Não sintas o que não venhas a admitir;
Não sintas a mentira como verdade (eu não compreenderia);
Não sintas a maldade que te prende nas agruras do anoitecer...
Pede-me o razoável;
Diz simplesmente que acreditas;
Faz o que consideras correcto e justo;
Sente sempre, nunca pares de sentir...
Não sou um ser deplorável,
Aquele que desacreditas,
Aquele que representa o teu susto.
Eu sou eu, com tudo o que tenho a cumprir...
Adriane Leite
Ice Fairy Melissa