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quinta-feira, agosto 31, 2006

In A Manner Of Speaking













calligraphy by Лилена


In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
Is beyond words

Give me the words
That tell me nothing
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrificed

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.

Nouvelle Vague

Ouvir

terça-feira, agosto 29, 2006

Alma Vazia

Estas mãos, pálidas e esguias, não te acariciam... estes olhos nada vêem... este coração nada sente e o cântico que ouves é a morte que veio embalar os meus sonhos e acordar os pesadelos, monstros outrora enterrados em idílios esquecidos e abandonados. Na boca trago um sabor salgado fruto de emoções em prantos, desmedidas, irracionais... A minha alma, vazia, corre na tua direcção, em busca de conforto, de carinho, de amor; esta minha alma perdida, vagueia, perde-se no nada, na esperança que deixou de o ser. Se tu a visses, se a pudesses ver... se a imaginasses! Tenho saudades de mim, do que fui há muito, muito, muito tempo atrás: perdi a juventude, o amor-próprio, o orgulho... perdi-me e não mais me encontrei; fui, o que nunca mais serei, dei o que jamais darei. Sorri num tempo bondoso, chorei numa vida madrasta e vim morrer nos teus braços, minha mãe, nesses teus braços onde nunca fui criança... tu não deixaste... abandonaste-me e só fiquei nesta dor que me consome, nesta tristeza infinita, nesta velhice prematura. Ai, se tu pudesses ver esta alma vazia, perdida no nada... se pudesses sentir, sentir o que já não sinto ou o que não ouso sentir, se pudesses vir ao meu encontro e eu te pudesse abraçar, beijar, amar. Eu já te amo, mas tu não sabes, já te beijo mas não vês, já te abraço mas não sentes... E sabes o que nos separa meu amor? É a chuva... É a chuva...


by: Adriana Leite



ожидая твоих шагов... by e_nika

domingo, agosto 27, 2006

Acreditas?

No brilho do teu olhar
Vi a esperança e sorri,

Foi um momento mágico
Que recordarei sempre, para sempre...

E o meu pensamento está em ti
Não poderia ser de outro modo. Tu sabes!


by: Adriana Leite


Аргонавты by Denis Diderot

quinta-feira, agosto 24, 2006

Discernimento






















для тебя by PINK PUNK


Já não tenho 15 anos
Mas caio sempre nos mesmos erros,
Outra vez, mais outra e outra e outra...
A candura que me caracterizou um dia
É agora a amargura que me esmaga por dentro;
Quero libertar-me e não posso,
Quero respirar e não consigo
As correntes ferem-me a alma
E o ar... o ar atordoa, sufoca.
É mais fácil seguir este caminho
Onde me perco,
Escapo ao destino...
Passei de validade
Num tempo sem data
Deturpei a verdade
E descobri que a mentira mata.
Conseguirei discernir?
O tempo passa, passa, passa...
E eu continuo criança.


by: Adriana Leite

sábado, agosto 19, 2006

Menino Homem


















Maresias #186 by Nana Sousa Dias


És um menino perdido
No meio da multidão,
És um homem ferido
Que sente na pele a solidão.
O teu olhar está baço,
O teu corpo cansado,
Ficas preso nesse embaraço
Que te tira a calma e te faz desgraçado.
Não olhes para trás
Segue apenas o teu rumo
Mais cedo ou mais tarde serás capaz
De decidir com prumo.
A vida é um mar de ilusões,
Umas vezes doce outras salgado
Compete a cada um de nós tirar as ilações,
E não deixar o desejo morrer afogado.


by: Adriana Leite

Se te disser...

Se te disser que mil anos se passaram não vais acreditar. Se te disser que a chuva cai cristalina sobre as flores do nosso canteiro e que o sol dá vida à esperança que vi morrer vez após vez, vais achar estranho. Se pensar em ti, como penso hoje e sempre, não te enganes, não é o teu rosto que reinvento, é apenas a saudade que me mata por dentro. Se o grito da agonia te faz regressar, acredita que já cá não estou, e que toda eu sou felicidade... Não, não me dês a mão! Não quero sentir a tristeza, minha e tua, que nasceu um dia, num terrível amanhecer. Sabes, a verdade é que a chuva é ácida, o sol é pólvora, e as flores são ervas daninhas que crescem dentro de mim. A felicidade esqueceu-me e a harmonia transformou-se nas constantes batalhas que enfrento todos os dias... e no entanto, covarde sou...
Se ouvires dizer que nada mudou, acredita, pois belos e eternos são os momentos que vivemos e que eu não esqueço. Afinal, és o meu tudo!


by: Adriana Leite

















перед последним шагом вниз, увы, раздумья бесполезны... by Lalenkov

sábado, agosto 12, 2006

Inquietude



















Крымское Солнышко by velden


Pouco importa o que sou e o que sinto.
Pouco importa as lágrimas e o sorriso,
O Inferno ou o paraíso
Se digo a verdade ou se minto
Numa vida, num espaço, num corpo
Onde já nada faz sentido.
É indiferente o sol,
A luz dos meus dias,
Quando padeço atrozmente
Nas trevas da tua noite;
É inútil o meu apelo,
São apenas palavras que se perdem
No turbilhão de um momento,
No teu silêncio agonizante
Que instala o pânico no meu coração...
Vivo então neste desassossego
Que esqueço por breves instantes
Na ânsia de alcançar um pouco de paz.


by: Adriana Leite

segunda-feira, agosto 07, 2006

Memórias de Uma Gueixa




"O coração tem uma morte lenta, perdendo as esperanças uma a uma, como folhas. Até que, um dia, não resta nenhuma. Nenhuma esperança. Não resta nada. Ela pinta o rosto para o esconder. Os seus olhos são água profunda. Uma gueixa não tem o direito de querer. Uma gueixa não tem o direito de sentir. Uma gueixa é uma artista do mundo flutuante. Ela dança. Ela canta. Ela entretém-vos. Tudo o que quiserdes. O resto é sombra. O resto é secreto... Não podemos dizer ao sol: 'Mais sol', ou à chuva: 'Menos chuva'. Para um homem, uma gueixa só pode ser meio esposa... nós somos as esposas do cair da noite. E, contudo, conhecer a bondade, depois de tanta dureza... Saber que uma pequenita, com mais coragem do que supunha, veria que as suas preces seriam escutadas... Não se pode chamar a isto felicidade? Afinal, estas não são as memórias de uma imperatriz, ou de uma rainha. Estas são memórias de outro género."

(Retirado do filme "Memoirs Of A Geisha").



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