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sábado, agosto 19, 2006

Se te disser...

Se te disser que mil anos se passaram não vais acreditar. Se te disser que a chuva cai cristalina sobre as flores do nosso canteiro e que o sol dá vida à esperança que vi morrer vez após vez, vais achar estranho. Se pensar em ti, como penso hoje e sempre, não te enganes, não é o teu rosto que reinvento, é apenas a saudade que me mata por dentro. Se o grito da agonia te faz regressar, acredita que já cá não estou, e que toda eu sou felicidade... Não, não me dês a mão! Não quero sentir a tristeza, minha e tua, que nasceu um dia, num terrível amanhecer. Sabes, a verdade é que a chuva é ácida, o sol é pólvora, e as flores são ervas daninhas que crescem dentro de mim. A felicidade esqueceu-me e a harmonia transformou-se nas constantes batalhas que enfrento todos os dias... e no entanto, covarde sou...
Se ouvires dizer que nada mudou, acredita, pois belos e eternos são os momentos que vivemos e que eu não esqueço. Afinal, és o meu tudo!


by: Adriana Leite

















перед последним шагом вниз, увы, раздумья бесполезны... by Lalenkov

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