quinta-feira, abril 29, 2004
"Estranhos de Passagem"
Realizado pelo cineasta britânico Stephen Frears no ano de 2002, "Estranhos de Passagem" é um filme que faz uma abordagem dura, mas realista, de temas como a imigração, o tráfico de órgãos e as relações humanas.
É um excelente "triller". Usa os segredos e as actividades ilícitas de um hotel como motor para conduzir uma história sobre a Londres dos imigrantes, alguns em situação ilegal, que fazem o trabalho sujo da cidade. Okwe, que era médico na Nigéria, está aqui como exilado político, com um passado que o assombra. Aluga um sofá no pequeno apartamento de uma empregada de quarto de hotel, chamada Senay, oriunda da Turquia, em busca de um casamento de conveniência. O cerne deste filme está na vida destas pessoas. A forma como estão atentas à possibilidade de esquemas para ganharem mais dinheiro; como vivem constantemente com medo dos funcionários da imigração, que as querem deportar, ainda que a sociedade ocidental não funcione sem estes trabalhadores na sombra; como há uma rede de contactos e apoio neste mundo escondido, cujos habitantes vêm todos de sítios diferentes e falam milhares de línguas, que pura e simplesmente deixaram de contar, e aceitam-se uns aos outros como cidadãos nesta terra de exílio.
(É uma película a não perder. Vi-a ontem em DVD e simplesmente adorei; já há algum tempo que um filme, dentro do género, não me deixava tão inquieta e pensativa como este me deixou... )
Realizado pelo cineasta britânico Stephen Frears no ano de 2002, "Estranhos de Passagem" é um filme que faz uma abordagem dura, mas realista, de temas como a imigração, o tráfico de órgãos e as relações humanas.
É um excelente "triller". Usa os segredos e as actividades ilícitas de um hotel como motor para conduzir uma história sobre a Londres dos imigrantes, alguns em situação ilegal, que fazem o trabalho sujo da cidade. Okwe, que era médico na Nigéria, está aqui como exilado político, com um passado que o assombra. Aluga um sofá no pequeno apartamento de uma empregada de quarto de hotel, chamada Senay, oriunda da Turquia, em busca de um casamento de conveniência. O cerne deste filme está na vida destas pessoas. A forma como estão atentas à possibilidade de esquemas para ganharem mais dinheiro; como vivem constantemente com medo dos funcionários da imigração, que as querem deportar, ainda que a sociedade ocidental não funcione sem estes trabalhadores na sombra; como há uma rede de contactos e apoio neste mundo escondido, cujos habitantes vêm todos de sítios diferentes e falam milhares de línguas, que pura e simplesmente deixaram de contar, e aceitam-se uns aos outros como cidadãos nesta terra de exílio.
(É uma película a não perder. Vi-a ontem em DVD e simplesmente adorei; já há algum tempo que um filme, dentro do género, não me deixava tão inquieta e pensativa como este me deixou... )
quarta-feira, abril 28, 2004
Maldade
A maldade é uma categoria do raciocínio. Não é uma invenção sobrenatural, nem cresce a partir de substâncias inscritas nos vegetais comestíveis. A maldade é uma categoria do instinto, sim, mas também do raciocínio, da inteligência. Como se fosse uma etapa do percurso que o cérebro matemático faz quando pretende resolver problemas numéricos. Dedução, indução e maldade.
(Gonçalo M. Tavares- A MÁQUINA DE JOSEPH WALSER)
[Enviado por Sandra Almeida]
A maldade é uma categoria do raciocínio. Não é uma invenção sobrenatural, nem cresce a partir de substâncias inscritas nos vegetais comestíveis. A maldade é uma categoria do instinto, sim, mas também do raciocínio, da inteligência. Como se fosse uma etapa do percurso que o cérebro matemático faz quando pretende resolver problemas numéricos. Dedução, indução e maldade.
(Gonçalo M. Tavares- A MÁQUINA DE JOSEPH WALSER)
[Enviado por Sandra Almeida]
segunda-feira, abril 26, 2004
Se algum dia...
Se algum dia a felicidade existiu,
Se algum dia fez parte de mim,
Foi contigo que partiu
E tu gizaste o seu fim.
Ainda sinto o poder daquela magia,
Ainda sinto a pujança do teu olhar,
O cheiro da tua pele fresca e macia,
O bramido do cruel e destemido mar.
Porquê foste embora,
Porquê me deixaste fria e vazia?
Agora estou do lado de fora
Recordando as palavras que a chuva dizia...
Seria muito pedir que voltasses,
Seria muito pedir que me amasses?
Muito seria concerteza
E eu não posso, nem quero
Derreter essa tua ardente e gélida frieza!
by: Adriana Leite
Сказка про Белого Воина. by Eugene Vardanyan (*Leda)
Se algum dia a felicidade existiu,
Se algum dia fez parte de mim,
Foi contigo que partiu
E tu gizaste o seu fim.
Ainda sinto o poder daquela magia,
Ainda sinto a pujança do teu olhar,
O cheiro da tua pele fresca e macia,
O bramido do cruel e destemido mar.
Porquê foste embora,
Porquê me deixaste fria e vazia?
Agora estou do lado de fora
Recordando as palavras que a chuva dizia...
Seria muito pedir que voltasses,
Seria muito pedir que me amasses?
Muito seria concerteza
E eu não posso, nem quero
Derreter essa tua ardente e gélida frieza!
by: Adriana Leite
Сказка про Белого Воина. by Eugene Vardanyan (*Leda)
quinta-feira, abril 22, 2004
Left Outside Alone
All my life i've been waiting
for you to bring a fairy tale my way
you're living in a fantasy without meaning
It's not ok I don't feel safe
I don't feel safe
Left broken, empty in despair
wanna breathe can't find air
thought you were sent from up above
but you 'n me never had love
so much more i have to say
help me find a way
And i wonder if you know
how real it feels
to be left outside alone
when it's cold out here
well maybe you should know
just how it feels
to be left outside alone
to be left outside alone
I tell ya all of my life i been waiting
for you to bring a fairy tale my way
you're living in a fantasy without meaning
It's not ok I don't feel safe
I need to pray
Why do you play me like a game
always someone else to blame
careless helpless little man
some day i might understand
there's not much more to say
but i hope you find a way
Heavenly father please save me
Anastacia
Ouvir
All my life i've been waiting
for you to bring a fairy tale my way
you're living in a fantasy without meaning
It's not ok I don't feel safe
I don't feel safe
Left broken, empty in despair
wanna breathe can't find air
thought you were sent from up above
but you 'n me never had love
so much more i have to say
help me find a way
And i wonder if you know
how real it feels
to be left outside alone
when it's cold out here
well maybe you should know
just how it feels
to be left outside alone
to be left outside alone
I tell ya all of my life i been waiting
for you to bring a fairy tale my way
you're living in a fantasy without meaning
It's not ok I don't feel safe
I need to pray
Why do you play me like a game
always someone else to blame
careless helpless little man
some day i might understand
there's not much more to say
but i hope you find a way
Heavenly father please save me
Anastacia
Ouvir
quarta-feira, abril 21, 2004
Dia de chuva
Parece que a natureza se tornou cúmplice da minha dor particularmente no dia de hoje. O céu chora as lágrimas que são vertidas pelo meu coração ao recordar-te; dói saber que já cá não estás. O sol espreita por entre as nuvens negras e carregadas fazendo-me crer que algures estarás tu, mas escondido para que eu não te possa ver. Existirá tormento maior do que este?
À noite, na negrura dos meus sonhos, tu surges, dando-lhe luz e vida, vida esta que não encontro dentro de mim mesma; nestas viagens nocturnas tudo é dotado de um realismo impressionante... quererás tu dizer-me algo, ou apenas matar uma saudade que renasce todos os dias em mim?
A chuva parou entretanto, o sol mais uma vez dá, timidamente e a medo, sinal da sua frágil presença. Eu sei que o teu espírito vive mais do que o meu corpo moribundo!
by: Adriana Leite
Московская Октябрьская by Дмитрий Рубинштейн
Parece que a natureza se tornou cúmplice da minha dor particularmente no dia de hoje. O céu chora as lágrimas que são vertidas pelo meu coração ao recordar-te; dói saber que já cá não estás. O sol espreita por entre as nuvens negras e carregadas fazendo-me crer que algures estarás tu, mas escondido para que eu não te possa ver. Existirá tormento maior do que este?
À noite, na negrura dos meus sonhos, tu surges, dando-lhe luz e vida, vida esta que não encontro dentro de mim mesma; nestas viagens nocturnas tudo é dotado de um realismo impressionante... quererás tu dizer-me algo, ou apenas matar uma saudade que renasce todos os dias em mim?
A chuva parou entretanto, o sol mais uma vez dá, timidamente e a medo, sinal da sua frágil presença. Eu sei que o teu espírito vive mais do que o meu corpo moribundo!
by: Adriana Leite
Московская Октябрьская by Дмитрий Рубинштейн
segunda-feira, abril 19, 2004
"Almoço Só"
Almoçava só e só escrevia poesia
de caneta na mão e olhar no nada,
cadernos com caligrafia riscada
na curta mesa de confeitaria.
Aquilo que eu ia escrever não sabia
ia improvisando de forma ritmada
era até a poesia ficar acabada
ou chegar a refeição que pedia.
Nos meus tempos felizes da Boavista,
nos breves intervalos de almoço,
na minha solidão que pretendia,
eu escrevia poesia como um cronista
contando e descrevendo em alvoroço
aquilo tudo que eu por ti sentia.
by: João Natal
16/04/2004
Through words By Rus Alexandru
Almoçava só e só escrevia poesia
de caneta na mão e olhar no nada,
cadernos com caligrafia riscada
na curta mesa de confeitaria.
Aquilo que eu ia escrever não sabia
ia improvisando de forma ritmada
era até a poesia ficar acabada
ou chegar a refeição que pedia.
Nos meus tempos felizes da Boavista,
nos breves intervalos de almoço,
na minha solidão que pretendia,
eu escrevia poesia como um cronista
contando e descrevendo em alvoroço
aquilo tudo que eu por ti sentia.
by: João Natal
16/04/2004
Through words By Rus Alexandru
quinta-feira, abril 15, 2004
Um pensamento
"A diferença que faço no mundo é fazer as pessoas pensarem que fazem diferença".
by: Rui Pinto
"A diferença que faço no mundo é fazer as pessoas pensarem que fazem diferença".
by: Rui Pinto
terça-feira, abril 13, 2004
Queres?..
Deixa-me realizar no teu corpo
Todas as minhas fantasias.
Fica assim, parado quieto,
Sê objecto do meu prazer.
Deixa-me escrever no teu corpo
Todos os delírios eróticos
Que imaginei.
Todas as loucuras que arquitectei.
Não te movas!
Terás o prazer que sonhaste
Satisfarei os desejos que
Nunca ousaste pedir.
Sê só corpo que sente
Entre as minhas mãos.
Ser o meu objecto de prazer
Queres?..
by: Ana
Silent hights by Ben Gooossens
Deixa-me realizar no teu corpo
Todas as minhas fantasias.
Fica assim, parado quieto,
Sê objecto do meu prazer.
Deixa-me escrever no teu corpo
Todos os delírios eróticos
Que imaginei.
Todas as loucuras que arquitectei.
Não te movas!
Terás o prazer que sonhaste
Satisfarei os desejos que
Nunca ousaste pedir.
Sê só corpo que sente
Entre as minhas mãos.
Ser o meu objecto de prazer
Queres?..
by: Ana
Silent hights by Ben Gooossens
segunda-feira, abril 12, 2004
É este o mundo em que vivemos?
Vivemos num mundo em que o egoísmo se assume cada vez mais como uma realidade deprimente e triste. Já ninguém se importa com ninguém, só temos verdadeiramente olhos para o nosso próprio umbigo. Que o diga um homem de cerca de 40 anos que morreu ao volante de um automóvel em consequência de um enfarte fulminante.
É verdade, morreu a olhar para um semáforo. O seu automóvel esteve parado cerca de duas horas com o motor a trabalhar frente ao sinal luminoso. Não houve uma única pessoa que se dignasse a averiguar o que se passava com este homem; em vez disso, ouviu-se um coro de buzinadelas, fizeram-se ultrapassagens, chamaram-se-lhe nomes. Ninguém se interrogou quanto ao facto do homem ter a cabeça pousada no encosto do banco, como se estivesse a dormir. Ninguém parou. Ninguém quis saber.
Foi uma mulher que estava numa paragem de autocarro que chamou a polícia, por não considerar normal o barulho que se fazia ouvir e por considerar estranha a atitude do condutor.
Esta triste e verídica história passou-se bem perto de mim, em Vila Nova de Gaia. Seria de bom alvitre repensarmos muitos aspectos relacionados com as nossas vidas, com a nossa forma de estar, de pensar e de sentir... porque este é definitivamente o mundo em que vivemos!
Vivemos num mundo em que o egoísmo se assume cada vez mais como uma realidade deprimente e triste. Já ninguém se importa com ninguém, só temos verdadeiramente olhos para o nosso próprio umbigo. Que o diga um homem de cerca de 40 anos que morreu ao volante de um automóvel em consequência de um enfarte fulminante.
É verdade, morreu a olhar para um semáforo. O seu automóvel esteve parado cerca de duas horas com o motor a trabalhar frente ao sinal luminoso. Não houve uma única pessoa que se dignasse a averiguar o que se passava com este homem; em vez disso, ouviu-se um coro de buzinadelas, fizeram-se ultrapassagens, chamaram-se-lhe nomes. Ninguém se interrogou quanto ao facto do homem ter a cabeça pousada no encosto do banco, como se estivesse a dormir. Ninguém parou. Ninguém quis saber.
Foi uma mulher que estava numa paragem de autocarro que chamou a polícia, por não considerar normal o barulho que se fazia ouvir e por considerar estranha a atitude do condutor.
Esta triste e verídica história passou-se bem perto de mim, em Vila Nova de Gaia. Seria de bom alvitre repensarmos muitos aspectos relacionados com as nossas vidas, com a nossa forma de estar, de pensar e de sentir... porque este é definitivamente o mundo em que vivemos!
by: Teresa
sexta-feira, abril 09, 2004
Páscoa
Aproveitemos esta época para simplesmente reflectir...
Para todos vós eu desejo uma Páscoa muito feliz.
by: Teresa
"Descent from the Cross" by Rembrandt van Rijn
Aproveitemos esta época para simplesmente reflectir...
Para todos vós eu desejo uma Páscoa muito feliz.
by: Teresa
"Descent from the Cross" by Rembrandt van Rijn