sábado, janeiro 31, 2004
Sem Remédio
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!
Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
by: Florbela Espanca (in "sonetos")
***** by Ревик
Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!
Sinto os passos da Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
by: Florbela Espanca (in "sonetos")
***** by Ревик
sexta-feira, janeiro 30, 2004
quinta-feira, janeiro 29, 2004
The Look of Love
The look of love is in your eyes
The look your smile can't disguise
The look of love is saying so much more
Than just words could ever say
And what my heart has heard
Well, it takes my breath away
I can hardly wait to hold you
Feel my arms around you
How long I have waited
Waited just to love you
Now that I have found you.
You've got the look of love
It's on your face
A look that time can't erase
Be mine tonight
Let this be just the start
Of so many nights like this
Let's take a lover's vow
and then seal it with a kiss
Dusty Springfield
Ouvir
The look of love is in your eyes
The look your smile can't disguise
The look of love is saying so much more
Than just words could ever say
And what my heart has heard
Well, it takes my breath away
I can hardly wait to hold you
Feel my arms around you
How long I have waited
Waited just to love you
Now that I have found you.
You've got the look of love
It's on your face
A look that time can't erase
Be mine tonight
Let this be just the start
Of so many nights like this
Let's take a lover's vow
and then seal it with a kiss
Dusty Springfield
Ouvir
quarta-feira, janeiro 28, 2004
O Meu Poema
O meu poema será um momento eterno de felicidade eterna; será ter-te ao pé de mim, será o esvoaçar de uma bonina ao toque da mais suave brisa... Como é belo o botão de rosa amarelo! Como é imenso o meu amor por ti! Volta coração, volta a ser o que sempre foste: ingénuo, puro, inocente... Voltem meus olhos a adquirir o verdadeiro brilho audaz, vencedor das mais destemidas tempestades... Oh, serás tu para sempre meu amor, o meu poema!
by: Adriana Leite
Пепельный мотылек 9 by Ревик
O meu poema será um momento eterno de felicidade eterna; será ter-te ao pé de mim, será o esvoaçar de uma bonina ao toque da mais suave brisa... Como é belo o botão de rosa amarelo! Como é imenso o meu amor por ti! Volta coração, volta a ser o que sempre foste: ingénuo, puro, inocente... Voltem meus olhos a adquirir o verdadeiro brilho audaz, vencedor das mais destemidas tempestades... Oh, serás tu para sempre meu amor, o meu poema!
by: Adriana Leite
Пепельный мотылек 9 by Ревик
terça-feira, janeiro 27, 2004
Excerto
"O amor não é mais do que um instrumento de escolha; amar é eleger a criatura que há-de ser companheira da vida, não é garantir a perpétua felicidade de duas pessoas, porque esta pode corromper-se (...)"
Extraído da obra "Helena" de Machado de Assis
segunda-feira, janeiro 26, 2004
Adeus Miklos Féher
Não percebo nada de futebol, mas fiquei consternada com o que vi ontem à noite na televisão. Miklos Féher, jogador do Sport Lisboa e Benfica faleceu em pleno campo do Guimarães. "Um jovem com muita energia e cheio de amor pela vida", assim era caracterizado este atleta de alta competição por aqueles que de mais de perto com ele conviveram...
Acredito que devemos viver o mais intensa e dignamente possível para que um dia nos possamos despedir deste mundo com um sorriso nos lábios como o fez este craque da bola. Os meus mais sinceros pêsames à sua família e amigos.
by: Teresa
1979-2004
Não percebo nada de futebol, mas fiquei consternada com o que vi ontem à noite na televisão. Miklos Féher, jogador do Sport Lisboa e Benfica faleceu em pleno campo do Guimarães. "Um jovem com muita energia e cheio de amor pela vida", assim era caracterizado este atleta de alta competição por aqueles que de mais de perto com ele conviveram...
Acredito que devemos viver o mais intensa e dignamente possível para que um dia nos possamos despedir deste mundo com um sorriso nos lábios como o fez este craque da bola. Os meus mais sinceros pêsames à sua família e amigos.
by: Teresa
1979-2004
domingo, janeiro 25, 2004
Meditação
O que é a meditação?
A meditação é uma arte ou técnica de serenar a mente, de estancar o "palrar" infindável que normalmente assola a nossa consciência. No sossego da mente silenciosa, a pessoa que medita começa a transformar-se num observador, a atingir um grau de distanciamento, e, por fim, a aperceber-se de um nível mais elevado de consciência.
As pressões do mundo actual paracem intrometer-se constantemente nas nossas vidas diárias, pois até os momentos de descontracção e prazer são interrompidos por tensões e exigências crescentes que nos deixam perdidos e confusos. Sob o peso do stress, o corpo físico funciona num estado de alerta máximo -
aquilo a que se chama "fuga para a frente" -, desencadeando uma grande diversidade de reacções fisiológicas. O medo, um problema frequente nos dias que correm, também faz com que nos sintamos forçados a agir para nos protegermos. É cada vez mais difícil estar em sintonia com o nosso Eu interior e lembrar qual é a nossa verdadeira natureza espiritual.
Felizmente, a prática da meditação ajuda-nos a purificar a mente. Liberta-nos do stress, de pensamentos indesejados, de fragmentos e ecos do mundo exterior - factores que perturbam a nossa mente consciente. A meditação torna a nossa mente mais sensível a tudo o que é realmente importante e os seus benefícios vão muito além do estado meditativo em si, embora nunca seja demais salientar que a meditação é em si e por si própria extremamente benéfica.
A meditação exige prática e paciência, mas o acto de meditar gera em si um grau cada vez maior de paciência. No fim de contas, o que importa é que as pessoas reconheçam e redescubram a parte mais bela, receptiva e produtiva de si mesmo. Existem muitas maneiras de entrar em contacto com esse Eu superior e quanto mais se avançar ao longo deste caminho, mais fácil se tornará alcançar níveis cada vez mais elevados de espiritualidade.
O que é a meditação?
A meditação é uma arte ou técnica de serenar a mente, de estancar o "palrar" infindável que normalmente assola a nossa consciência. No sossego da mente silenciosa, a pessoa que medita começa a transformar-se num observador, a atingir um grau de distanciamento, e, por fim, a aperceber-se de um nível mais elevado de consciência.
As pressões do mundo actual paracem intrometer-se constantemente nas nossas vidas diárias, pois até os momentos de descontracção e prazer são interrompidos por tensões e exigências crescentes que nos deixam perdidos e confusos. Sob o peso do stress, o corpo físico funciona num estado de alerta máximo -
aquilo a que se chama "fuga para a frente" -, desencadeando uma grande diversidade de reacções fisiológicas. O medo, um problema frequente nos dias que correm, também faz com que nos sintamos forçados a agir para nos protegermos. É cada vez mais difícil estar em sintonia com o nosso Eu interior e lembrar qual é a nossa verdadeira natureza espiritual.
Felizmente, a prática da meditação ajuda-nos a purificar a mente. Liberta-nos do stress, de pensamentos indesejados, de fragmentos e ecos do mundo exterior - factores que perturbam a nossa mente consciente. A meditação torna a nossa mente mais sensível a tudo o que é realmente importante e os seus benefícios vão muito além do estado meditativo em si, embora nunca seja demais salientar que a meditação é em si e por si própria extremamente benéfica.
A meditação exige prática e paciência, mas o acto de meditar gera em si um grau cada vez maior de paciência. No fim de contas, o que importa é que as pessoas reconheçam e redescubram a parte mais bela, receptiva e produtiva de si mesmo. Existem muitas maneiras de entrar em contacto com esse Eu superior e quanto mais se avançar ao longo deste caminho, mais fácil se tornará alcançar níveis cada vez mais elevados de espiritualidade.
Brian L. Weiss
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Um pequeno pensamento
"O coração é um relógio traiçoeiro; bate e nem sempre dá as horas certas".
by: Adriana Leite
The Clock by Drew Brashler
"O coração é um relógio traiçoeiro; bate e nem sempre dá as horas certas".
by: Adriana Leite
The Clock by Drew Brashler
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Excerto
"Sobreviver à perda de um ser amado é um dos mais duros desafios da vida. Sabe-se que este processo de sobrevivência envolve o choque inicial, a que se segue um período de rejeição, até se chegar, finalmente, a uma espécie de aceitação. A duração e a intensidade de cada um destes estágios de torvelinho emocional poderá variar de alguns meses até alguns anos. Perder alguém a quem estivemos ligados por laços profundos pode ocasionar um tal desespero, que nos leva à sensação de estarmos enfiados num poço sem fundo, de onde é impossível escapar, por a morte parecer tão final (...) No século XX, ocorreram muitas transformações na atitude das pessoas para com a vida após a morte. Nas primeiras décadas do século, a maioria das pessoas mantinha a ideia tradicional de que tinha uma só vida para viver. No último terço do século, nos Estados Unidos, estimou-se que quarenta por cento da população acreditava na reencarnação. Esta mudança de atitude facilitou, de certo modo, a aceitação da morte para as pessoas que se espiritualizaram um pouco mais e que se vão afastando da crença de que a ela sobrevém o absoluto esquecimento...".
"Sobreviver à perda de um ser amado é um dos mais duros desafios da vida. Sabe-se que este processo de sobrevivência envolve o choque inicial, a que se segue um período de rejeição, até se chegar, finalmente, a uma espécie de aceitação. A duração e a intensidade de cada um destes estágios de torvelinho emocional poderá variar de alguns meses até alguns anos. Perder alguém a quem estivemos ligados por laços profundos pode ocasionar um tal desespero, que nos leva à sensação de estarmos enfiados num poço sem fundo, de onde é impossível escapar, por a morte parecer tão final (...) No século XX, ocorreram muitas transformações na atitude das pessoas para com a vida após a morte. Nas primeiras décadas do século, a maioria das pessoas mantinha a ideia tradicional de que tinha uma só vida para viver. No último terço do século, nos Estados Unidos, estimou-se que quarenta por cento da população acreditava na reencarnação. Esta mudança de atitude facilitou, de certo modo, a aceitação da morte para as pessoas que se espiritualizaram um pouco mais e que se vão afastando da crença de que a ela sobrevém o absoluto esquecimento...".
Extraído do livro "O Destino das Almas" de Michael Newton
quarta-feira, janeiro 21, 2004
Que saudade...
Faz hoje seis meses que partiste. Só o tempo passa, porque a saudade, essa, permanece igual... ainda vou a tempo de te dar a maçã que me pediste?
Da tua (e para sempre) Xaninha...
Faz hoje seis meses que partiste. Só o tempo passa, porque a saudade, essa, permanece igual... ainda vou a tempo de te dar a maçã que me pediste?
Da tua (e para sempre) Xaninha...
by: Teresa
Привязанность к яблокам by Буракова Любовь (Amorrr)
terça-feira, janeiro 20, 2004
Sentimentos?!
Penso, muito, pouco?! Rio? Talvez. Choro, afogando a dor... mas como, se não tenho em quem pensar, por quem sorrir, por quem chorar? Não, minto; penso em mim, rio de mim, choro por mim... afinal a solidão existe, também ela mora aqui! Não quis acreditar e céptica me tornei. Hoje vagueio num mundo ilusório e transcendente, sem me iludir, sem me elevar... levanto o véu de um eu passado, e só a ti vejo, só a ti sinto. Oh, cruel memória, porque insistes em permanecer? Viveste num tempo em que o sol brilhava, os pássaros chilravam, a chuva caía subtil e cristalina em telhados de entes sonhadores; num tempo em que a lua entrara em delírio e as estrelas no imenso céu gentilmente sorriam... numa era em que a neve aquecera os corações mais frios e fugazes! Sim, desesperei a ponto de perder a esperança, mas logo descobri que sem ela padeceria. Procurei-me até me encontrar. Estou aqui, esta sou eu, sei o que quero e para onde vou. Acredito na dor, porque amei; acredito no amor, porque sofri... sentimentos?! Sim, ah sim! Não tão puros e ingénuos como foram um dia (a inédita síbila destruiu a súmula da purificação), mas verdadeiros... ela está lá; com ela me visto, com ela me alimento, com ela me expresso, com ela sofro... contudo, será para sempre verdade. É um silêncio gélido que me acalenta a alma, cega, queima, tira-me a calma! É a consequência da solidão. Mãe, irmã, madrasta, amiga? Não sei! Com ela dou sobras de mim à misteriosa vida. Com ela entendo o amor, esse sentimento simplesmente arrebatador que se neutraliza na dimensão da dor. Como eu te desejo encontrar, com a esperança de não mais te perder; como eu te desejo amar num inimaginável entardecer! É ela o reflexo das águas do mar salgado, a sombra da escuridão, apazigua minha mente amargurada, ajuda-me a enfrentar a cada passo uma nova e ardente madrugada!
Penso, muito, pouco?! Rio? Talvez. Choro, afogando a dor... mas como, se não tenho em quem pensar, por quem sorrir, por quem chorar? Não, minto; penso em mim, rio de mim, choro por mim... afinal a solidão existe, também ela mora aqui! Não quis acreditar e céptica me tornei. Hoje vagueio num mundo ilusório e transcendente, sem me iludir, sem me elevar... levanto o véu de um eu passado, e só a ti vejo, só a ti sinto. Oh, cruel memória, porque insistes em permanecer? Viveste num tempo em que o sol brilhava, os pássaros chilravam, a chuva caía subtil e cristalina em telhados de entes sonhadores; num tempo em que a lua entrara em delírio e as estrelas no imenso céu gentilmente sorriam... numa era em que a neve aquecera os corações mais frios e fugazes! Sim, desesperei a ponto de perder a esperança, mas logo descobri que sem ela padeceria. Procurei-me até me encontrar. Estou aqui, esta sou eu, sei o que quero e para onde vou. Acredito na dor, porque amei; acredito no amor, porque sofri... sentimentos?! Sim, ah sim! Não tão puros e ingénuos como foram um dia (a inédita síbila destruiu a súmula da purificação), mas verdadeiros... ela está lá; com ela me visto, com ela me alimento, com ela me expresso, com ela sofro... contudo, será para sempre verdade. É um silêncio gélido que me acalenta a alma, cega, queima, tira-me a calma! É a consequência da solidão. Mãe, irmã, madrasta, amiga? Não sei! Com ela dou sobras de mim à misteriosa vida. Com ela entendo o amor, esse sentimento simplesmente arrebatador que se neutraliza na dimensão da dor. Como eu te desejo encontrar, com a esperança de não mais te perder; como eu te desejo amar num inimaginável entardecer! É ela o reflexo das águas do mar salgado, a sombra da escuridão, apazigua minha mente amargurada, ajuda-me a enfrentar a cada passo uma nova e ardente madrugada!
by: Adriana Leite
segunda-feira, janeiro 19, 2004
Um pequeno pensamento
"Ter consciência da inconsciência é ser-se consciente".
by: Adriana Leite
Автопортрет by Буракова Любовь (Amorrr)
"Ter consciência da inconsciência é ser-se consciente".
by: Adriana Leite
Автопортрет by Буракова Любовь (Amorrr)
sábado, janeiro 17, 2004
Extractos de um Diário - II
"O silêncio de uma manhã fantasiada de nevoeiro e neblinas humedece o meu espírito imberbe e sonhador. Se não for a esperança de exuberantes e ardentes raios solares, certamente que mofará! Hoje, tenho a sensação de entender o verdadeiro mistério da vida. Mas como posso eu entender algo que não tem entendimento possível, ou mesmo universal? Não existirá um único entendimento, cada um de nós o entenderá como melhor lhe convier. Sinto vontade de fazer tudo aquilo que o meu pensamento timidamente meticula, talvez por estar plenamente convencida da minha mortalidade. Bem sei que não durarei para sempre, assim como também sei que os momentos não são eternos. Então, porque não libertar o meu espírito, emancipar-me de todos os conceitos e fantasmas?! O que tiver de ser será..."
by: Adriana Leite
*** by Буракова Любовь (Amorrr)
"O silêncio de uma manhã fantasiada de nevoeiro e neblinas humedece o meu espírito imberbe e sonhador. Se não for a esperança de exuberantes e ardentes raios solares, certamente que mofará! Hoje, tenho a sensação de entender o verdadeiro mistério da vida. Mas como posso eu entender algo que não tem entendimento possível, ou mesmo universal? Não existirá um único entendimento, cada um de nós o entenderá como melhor lhe convier. Sinto vontade de fazer tudo aquilo que o meu pensamento timidamente meticula, talvez por estar plenamente convencida da minha mortalidade. Bem sei que não durarei para sempre, assim como também sei que os momentos não são eternos. Então, porque não libertar o meu espírito, emancipar-me de todos os conceitos e fantasmas?! O que tiver de ser será..."
by: Adriana Leite
*** by Буракова Любовь (Amorrr)
sexta-feira, janeiro 16, 2004
O Meu Pé de Laranja Lima
De José Mauro de Vasconcelos, este clássico da literatura brasileira narra a infância de um menino de seis anos (Zézé) muito pobre, curioso, inteligente e sensível. Com o pai desempregado, vivencia perdas, ao mesmo tempo que vai se mostrando um ser especial, que, através da sua fértil imaginação, cria um mundo particular repleto de significados... desenvolve relações verdadeiras, aprofunda e transfere sentimentos, acabando por descobrir o quanto custa crescer. E é nesse crescer difícil que o seu pequeno pé de laranja lima "fala", que os santos da igreja "ganham vida", que o morcego luciano "aprende a ler". Li esta inédita obra aos quinze anos de idade, a qual teve em mim uma consequência espantosa: por cada página lida apreendia o conceito de uma sensibilidade rara e que cada um de nós deliberadamente tenta ocultar.
De José Mauro de Vasconcelos, este clássico da literatura brasileira narra a infância de um menino de seis anos (Zézé) muito pobre, curioso, inteligente e sensível. Com o pai desempregado, vivencia perdas, ao mesmo tempo que vai se mostrando um ser especial, que, através da sua fértil imaginação, cria um mundo particular repleto de significados... desenvolve relações verdadeiras, aprofunda e transfere sentimentos, acabando por descobrir o quanto custa crescer. E é nesse crescer difícil que o seu pequeno pé de laranja lima "fala", que os santos da igreja "ganham vida", que o morcego luciano "aprende a ler". Li esta inédita obra aos quinze anos de idade, a qual teve em mim uma consequência espantosa: por cada página lida apreendia o conceito de uma sensibilidade rara e que cada um de nós deliberadamente tenta ocultar.
quinta-feira, janeiro 15, 2004
Você não me ensinou a te esquecer
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Música e letra de Fernando Mendes com arranjo de Hugo Bellard
Interpretação de Caetano Veloso
Ouvir
Взгляд из... by Михаил
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Música e letra de Fernando Mendes com arranjo de Hugo Bellard
Interpretação de Caetano Veloso
Ouvir
Взгляд из... by Михаил
quarta-feira, janeiro 14, 2004
Não Te Amo
Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma
E eu n'alma tenho a calma,
A calma do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te; o amor é vida
E a vida nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai! não te amo não.
Ai! não te amo não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela (belo); e eu não te amo, ó bela (belo)
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amor! ... não te amo, não.
by: Almeida Garrett (in "folhas caídas")
Glam by Rust2D
Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma
E eu n'alma tenho a calma,
A calma do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te; o amor é vida
E a vida nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai! não te amo não.
Ai! não te amo não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela (belo); e eu não te amo, ó bela (belo)
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado
De mau, feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amor! ... não te amo, não.
by: Almeida Garrett (in "folhas caídas")
Glam by Rust2D
segunda-feira, janeiro 12, 2004
O último Samurai ("The Last Samurai")
Este épico, realizado por Edward Zwick e filmado na Nova Zelândia, é uma história de coragem, honra e dignidade. Tom cruise no papel principal é Nathan Algren, um soldado alcoólico, sinistro e impiedoso, que após ter sido obrigado a participar em massacres nas guerras índias vem a vender-se como mercenário ao exército imperialista japonês, sem nunca deixar de transpirar qualquer emoção nas suas acções. O capitão Algren reencontrará a sua "alma" no modo de vida samurai, o qual lhe relembrará que o sacrifício ao serviço da moral é um valor a preservar. Um filme a não perder.
Este épico, realizado por Edward Zwick e filmado na Nova Zelândia, é uma história de coragem, honra e dignidade. Tom cruise no papel principal é Nathan Algren, um soldado alcoólico, sinistro e impiedoso, que após ter sido obrigado a participar em massacres nas guerras índias vem a vender-se como mercenário ao exército imperialista japonês, sem nunca deixar de transpirar qualquer emoção nas suas acções. O capitão Algren reencontrará a sua "alma" no modo de vida samurai, o qual lhe relembrará que o sacrifício ao serviço da moral é um valor a preservar. Um filme a não perder.
sábado, janeiro 10, 2004
Verso Inverso do Verso
Isto era chamado Espelho. Quando chegava, o corpo ficava bem em frente dos crimes, reflectidos de pé, com o seu canto, aquela voz ascencional e sombria dos crimes. Um dia, veio disfarçado de cidade santa - ROMA- o corpo da recuperação e continuidade, e ali mesmo, porque o espelho falava esquerdo onde era direito e direito onde era esquerdo, se viu que havia uma inspiração demoníaca - o AMOR. Figura direita e imóvel, negra. Parecia erguida na ponta dos pés, como para alcançar um silêncio absoluto. Somente as asas tremiam um pouco, junto às raízes cravadas nas espáduas. Estava bêbeda, aquela figura veemente, quieta. Tinha um sorriso - pura lâmina. Porque esconde o anjo a inquietação de animal devorador? Revelava-se a qualidade monstruosa pelo próprio jogo do disfarce. O crime é assim:usa o contrário do nome. Mas quando aparece em frente do espelho - na confusão de leste e oeste, nascimento e morte da luz - o nome sagrado volta-se de costas, e lê-se: AMOR.
Isto era chamado Espelho. Quando chegava, o corpo ficava bem em frente dos crimes, reflectidos de pé, com o seu canto, aquela voz ascencional e sombria dos crimes. Um dia, veio disfarçado de cidade santa - ROMA- o corpo da recuperação e continuidade, e ali mesmo, porque o espelho falava esquerdo onde era direito e direito onde era esquerdo, se viu que havia uma inspiração demoníaca - o AMOR. Figura direita e imóvel, negra. Parecia erguida na ponta dos pés, como para alcançar um silêncio absoluto. Somente as asas tremiam um pouco, junto às raízes cravadas nas espáduas. Estava bêbeda, aquela figura veemente, quieta. Tinha um sorriso - pura lâmina. Porque esconde o anjo a inquietação de animal devorador? Revelava-se a qualidade monstruosa pelo próprio jogo do disfarce. O crime é assim:usa o contrário do nome. Mas quando aparece em frente do espelho - na confusão de leste e oeste, nascimento e morte da luz - o nome sagrado volta-se de costas, e lê-se: AMOR.
by: Marco André Sénica
(Obrigado Marco pelo teu escrito, um grande beijinho para ti...)
Mirror Image by Alfred Gockel
sexta-feira, janeiro 09, 2004
Ainda se lembram da Candy Candy?
Para aqueles que não sabem, Candy Candy (desenhos animados manga) teve a sua primeira estreia em 1975 no Japão. A sua exibição foi possível graças ao seu grande sucesso na revista Nakayoshi da editora Kodansha em 1974. Yumiko Igarashi, a desenhista de Candy trabalhou em parceria com a arte finalista Kiyoko Mizuki. Estreou em Portugal em 1983, mas a RTP, a determinada altura, decidiu que era melhor deixar de exibir a série. Relativamente à história, Candy era uma jovem órfã que deixa o orfanato para trabalhar numa casa de pessoas ricas. Aí começa a viver uma série de aventuras, amor, fugas e tragédias. Para muitos não passa de uma novela mexicana, mas para mim (uma criança de oito anos de idade) foi o despertar de novas emoções... todos os dias, por volta das 17 horas, lá me sentava eu em frente do pequeno ecrã ansiosa, e garanto-vos que não assistia ao "anime" sozinha; os mais graúdos também o faziam. Ainda hoje, que numa graúda me tornei, dou por mim a tentar coleccionar o maior número de episódios possíveis, porque "Candy Candy" foi uma das grandes referências na minha vida e lamento toda a violência que os canais televisivos incutem nas crianças nos dias que correm. Bom, sem me alargar muito neste tipo de comentários, gostaria muito que me enviassem (os fãs de Candy Candy e não só) por e_mail as vossas opiniões e que referissem de que forma estes desenhos animados influenciaram os vossos padões de vida (a nível educacional, de valores, etc.). Venham lá esses e_mails, os quais publicarei com muito gosto neste humilde blog...
by: Teresa
Para aqueles que não sabem, Candy Candy (desenhos animados manga) teve a sua primeira estreia em 1975 no Japão. A sua exibição foi possível graças ao seu grande sucesso na revista Nakayoshi da editora Kodansha em 1974. Yumiko Igarashi, a desenhista de Candy trabalhou em parceria com a arte finalista Kiyoko Mizuki. Estreou em Portugal em 1983, mas a RTP, a determinada altura, decidiu que era melhor deixar de exibir a série. Relativamente à história, Candy era uma jovem órfã que deixa o orfanato para trabalhar numa casa de pessoas ricas. Aí começa a viver uma série de aventuras, amor, fugas e tragédias. Para muitos não passa de uma novela mexicana, mas para mim (uma criança de oito anos de idade) foi o despertar de novas emoções... todos os dias, por volta das 17 horas, lá me sentava eu em frente do pequeno ecrã ansiosa, e garanto-vos que não assistia ao "anime" sozinha; os mais graúdos também o faziam. Ainda hoje, que numa graúda me tornei, dou por mim a tentar coleccionar o maior número de episódios possíveis, porque "Candy Candy" foi uma das grandes referências na minha vida e lamento toda a violência que os canais televisivos incutem nas crianças nos dias que correm. Bom, sem me alargar muito neste tipo de comentários, gostaria muito que me enviassem (os fãs de Candy Candy e não só) por e_mail as vossas opiniões e que referissem de que forma estes desenhos animados influenciaram os vossos padões de vida (a nível educacional, de valores, etc.). Venham lá esses e_mails, os quais publicarei com muito gosto neste humilde blog...
by: Teresa
quinta-feira, janeiro 08, 2004
Extractos de um Diário - I
" Devem ser umas tantas horas da tarde, embora ainda me sinta ameaçada pela depressão matinal. A velha solidão de guerra deu um ar da sua graça quando, às 10 da manhã, tentava incutir no meu subconsciente a conformação de mais um aprazível e inquietante dia.
Não poucas vezes tenho a sensação que a dor se converteu em prazer. Será?! Bem sei que tudo isto parece irónico de mais para ser credível, mas é assim que me sinto.
Este é um dos muitos dias em que o passado se transformou em presente e este, consequentemente, num futuro remoto. As lembranças cercam todo o meu ser, tomam conta de mim, como algo de maligno se tratasse. São fortes, vorazes e persistem indeterminadamente; reabrem feridas mal cicatrizadas por um tempo negligente. Com elas morro e com elas renasço para uma vida ilusória, repleta de fantasia. São elas que dão à minha própria vida o dinamismo que ainda lhe resta. Com todas estas recordações adquiro a esperança de reencontrar um dia a verdadeira felicidade."
by: Adriana Leite
*** by Иосиф
" Devem ser umas tantas horas da tarde, embora ainda me sinta ameaçada pela depressão matinal. A velha solidão de guerra deu um ar da sua graça quando, às 10 da manhã, tentava incutir no meu subconsciente a conformação de mais um aprazível e inquietante dia.
Não poucas vezes tenho a sensação que a dor se converteu em prazer. Será?! Bem sei que tudo isto parece irónico de mais para ser credível, mas é assim que me sinto.
Este é um dos muitos dias em que o passado se transformou em presente e este, consequentemente, num futuro remoto. As lembranças cercam todo o meu ser, tomam conta de mim, como algo de maligno se tratasse. São fortes, vorazes e persistem indeterminadamente; reabrem feridas mal cicatrizadas por um tempo negligente. Com elas morro e com elas renasço para uma vida ilusória, repleta de fantasia. São elas que dão à minha própria vida o dinamismo que ainda lhe resta. Com todas estas recordações adquiro a esperança de reencontrar um dia a verdadeira felicidade."
by: Adriana Leite
*** by Иосиф
terça-feira, janeiro 06, 2004
Eu
E porque gosto de ler Florbela Espanca, deixo-vos um soneto seu da minha preferência... espero que gostem...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucuficada... a dolorida...
Sombra de névoa e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Coincidência ou não, comecei a ler a poesia desta magnifica senhora numa altura em que, simultaneamente, descobria a dor...)
E porque gosto de ler Florbela Espanca, deixo-vos um soneto seu da minha preferência... espero que gostem...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucuficada... a dolorida...
Sombra de névoa e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
(Coincidência ou não, comecei a ler a poesia desta magnifica senhora numa altura em que, simultaneamente, descobria a dor...)
моё Монмартровское утро. by Dusianna
segunda-feira, janeiro 05, 2004
Too Lost In You
You look into my eyes
I go out of my mind
I can't see anything
Cos this love's got me blind
I can't help myself
I can't break the spell
I can't even try
I'm in over my head
You got under my skin
I got no strength at all
In the state that I'm in
And my knees are weak
And my mouth can't speak
Fell too far this time
Baby, I'm too lost in you
Caught in you
Lost in everything about you
So deep, I can't sleep
I can't think
I just think about the things that you do (you do)
I'm too lost in you
(Too lost in you)
Well you whispered to me
And I shiver inside
You undo me and move me
In ways undefined
And you're all I see
And you're all I need
Help me baby (help me baby)
Help me baby (help me now)
Cos I'm slipping away
Like the sand to the tide
Falling into your arms
Falling into your eyes
If you get too near
I might disappear
I might lose my mind
I'm going in crazy in love for you baby
(I can't eat and I can't sleep)
I'm going down like a stone in the sea
Yeah, no one can mess with me
(No one can mess with me)
(Da banda sonora do filme "love actually" - o amor acontece-, o qual recomendo vivamente...)
Ouvir
You look into my eyes
I go out of my mind
I can't see anything
Cos this love's got me blind
I can't help myself
I can't break the spell
I can't even try
I'm in over my head
You got under my skin
I got no strength at all
In the state that I'm in
And my knees are weak
And my mouth can't speak
Fell too far this time
Baby, I'm too lost in you
Caught in you
Lost in everything about you
So deep, I can't sleep
I can't think
I just think about the things that you do (you do)
I'm too lost in you
(Too lost in you)
Well you whispered to me
And I shiver inside
You undo me and move me
In ways undefined
And you're all I see
And you're all I need
Help me baby (help me baby)
Help me baby (help me now)
Cos I'm slipping away
Like the sand to the tide
Falling into your arms
Falling into your eyes
If you get too near
I might disappear
I might lose my mind
I'm going in crazy in love for you baby
(I can't eat and I can't sleep)
I'm going down like a stone in the sea
Yeah, no one can mess with me
(No one can mess with me)
(Da banda sonora do filme "love actually" - o amor acontece-, o qual recomendo vivamente...)
Ouvir
domingo, janeiro 04, 2004
Até Dezembro Próximo
As luzes, os enfeites, a magia, a emoção, a esperança está prestes a desvanecer neste mês de Janeiro que arrasta consigo uma nostalgia própria de um Dezembro que é por mim eleito como o "perfeito"... as pessoas com saudosismo desmontam as suas Árvores de Natal e guardam com carinho as coloridas bolas nas respectivas caixas, enquanto as crianças perguntam pelo Pai Natal... as ruas ficam escuras e despidas sem as luzinhas que tanto brilho lhes dava... as casas, outrora iluminadas, vêem-se envolvidas na penumbra...
Não poderia ser para sempre Natal? Não poderia o calor da iluminação natalícia aquecer os nossos corações o ano inteiro? (...)
A beleza desta época está exactamente no facto de ser curta e anual e é, com certeza, suficientemente forte para acalentar a humanidade todos os dias... basta querermos!
by: Adriana Leite
As luzes, os enfeites, a magia, a emoção, a esperança está prestes a desvanecer neste mês de Janeiro que arrasta consigo uma nostalgia própria de um Dezembro que é por mim eleito como o "perfeito"... as pessoas com saudosismo desmontam as suas Árvores de Natal e guardam com carinho as coloridas bolas nas respectivas caixas, enquanto as crianças perguntam pelo Pai Natal... as ruas ficam escuras e despidas sem as luzinhas que tanto brilho lhes dava... as casas, outrora iluminadas, vêem-se envolvidas na penumbra...
Não poderia ser para sempre Natal? Não poderia o calor da iluminação natalícia aquecer os nossos corações o ano inteiro? (...)
A beleza desta época está exactamente no facto de ser curta e anual e é, com certeza, suficientemente forte para acalentar a humanidade todos os dias... basta querermos!
by: Adriana Leite
sexta-feira, janeiro 02, 2004
Chuva
As coisas vulgares que há na vida
não deixam saudade
são as lembranças que doem
ou fazem sorrir
há gente que fica na história
na história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
são emoções que dão vida
À saudade que trago
aquelas que tive contigo
e acabei por perder
há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
a chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera
ai... o meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
a chuva ouviu e calou
o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade
a chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera
ai... o meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
a chuva ouviu e calou
o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade
e eis que ela bate no vidro
trazendo... a saudade...
"Chuva"... da fadista Mariza...
... by krzysiek ciborowski
As coisas vulgares que há na vida
não deixam saudade
são as lembranças que doem
ou fazem sorrir
há gente que fica na história
na história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
são emoções que dão vida
À saudade que trago
aquelas que tive contigo
e acabei por perder
há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
a chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera
ai... o meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
a chuva ouviu e calou
o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade
a chuva molhava-me o rosto
gelado e cansado
as ruas que a cidade tinha
já eu percorrera
ai... o meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob a chuva
há instantes morrera
a chuva ouviu e calou
o meu segredo à cidade
e eis que ela bate no vidro
trazendo a saudade
e eis que ela bate no vidro
trazendo... a saudade...
"Chuva"... da fadista Mariza...
... by krzysiek ciborowski