Zen

1º Aniversário

Pois é, o Zen faz um ano de existência com muito orgulho! Foram trezentos e sessenta e seis dias passados na companhia de todos vocês que visitam este blog, e talvez por isso seja esta a altura de fazer um balanço do que foi esta pequena/grande aventura vivida na vossa presença.
Em primeiro lugar, foi uma experiência extremamente positiva a nível pessoal, tanto no que toca ao desenvolvimento da minha escrita, como ao contacto com pessoas novas. Daí adveio, no primeiro campo, uma maior segurança a nível de criação literária e no segundo aspecto alegrias, amizades, ilusões/desilusões, momentos inesquecíveis em boa companhia e, sobretudo, pessoas que ficarão comigo/a meu lado neste longo e belo caminho chamado vida.
Bons amigos como o Rui, o Zé, a Cláudia, o Quim, o António e a Inês fizeram-me acreditar que a blogosfera não é um sítio onde simplesmente mostramos os nossos sentimentos e vivências quotidianas, mas também uma casa onde os possamos viver na primeira pessoa, partilhando o que de melhor há em nós.
Apesar de renitente inicialmente, este "mundo" acabou cedo por dar provas do seu real valor, sendo hoje em dia parte integral de mim. Devo-o, em particular, ao Nuno, dado à sua persistência na criação de um blog, onde eu pudesse depositar e deixar rastro do que melhor em mim há. E assim tem acontecido, apesar da maior parte dos sentimentos aqui expressos serem fruto de alguma dor, sofrimento e frustração. De episódios menos felizes testemunhados neste ano de vida por este blog. Mas também isto faz parte do nosso crescimento a nível pessoal e espiritual.
O Zen irá continuar, assim como a constante e incessante busca pelo meu "equilibrium", porque este é o real significado dado ao título do meu cantinho. Contudo, e aproveitando esta oportunidade, comunico-vos que me manterei afastada da blogosfera pelo período de um mês para me preparar para a realização de exames académicos que se aproximam, cujo aproveitamento também faz parte da minha contínua busca pelo aperfeiçoamento humano.
O meu muito obrigada pela vossa companhia, pela vossa amizade e pelo vosso carinho demonstrados ao longo de todo este tempo. Certa da vossa compreensão, muitos beijinhos e até breve.


by: Teresa

P.S. - o MP3za não será descurado; continuará a ser editada excelente música pelo DJ Nuno, que já nos habituou ao seu excelente gosto musical...


(Obrigada pela tua força e presença constantes; a inspiração e amor que me transmites é tudo para mim e apesar da tua ausência física, já me habituei a esse mundo espiritual para onde, um dia, regressarei...)

Feliz Natal!

O Natal é a época do ano por mim eleita como a mais bela de sempre, não só porque gosto imenso do Inverno, mas também, e sobretudo, porque me sinto bem nesta corrente humana e solidária, a qual eu gostaria que se prolongasse no tempo e no espaço. O calor que emerge da alma de cada um de nós reforça a chama universal, muitas vezes diminuída, e outras em vias de extinção.
Cada vez que me sinto perdida a contemplar as iluminações de Natal, o meu espírito voa para longe e é nessa maravilhosa viagem que o sonho se torna mais audaz. Talvez deseje o impossível, mas não há mal nenhum em sonhar e eu faço-o com gosto, sem limitações. A vida seria imensamente triste sem esta capacidade.

Desejo a todos vós, do fundo do meu coração, um Natal muito feliz. Muitos beijinhos e um forte abraço com carinho e amizade!

(Onde quer que estejas, o meu pensamento está contigo sempre...)


by: Teresa

"Mil Caminhos para a Felicidade"

"A felicidade não depende de conseguires a aprovação das outras pessoas - ela depende de conseguires a tua própria aprovação".

Retirei esta frase repleta de significado e sabedoria de um pequeno livro de David Baird denominado "Mil Caminhos para a Felicidade". Tem na capa o símbolo de um zen, e talvez tenha sido este pormenor que me tenha despertado a atenção. Apesar de ser pequeno, é um livrinho grande pelo seu conteúdo: é composto por pequenos pensamentos definidores da felicidade, conselhos, filosofias de variados autores, etc. Enfim, 465 páginas de puro prazer emocional para ler com calma, serenidade, tentando encontrar ou reencontrar o equilíbrio para uma vida verdadeiramente feliz.


by: Teresa

"Sonhar! Ter Fé!"

Ontem passeei pela baixa do Porto. O calor humano provindo do coração de muitas pessoas contrastava com o frio que se fazia sentir à sombra. Na quentura do sol, o gelo instalado na minha mente habitada por fantasmas imaginários derretia e a esperança sorria de novo. O cheirinho a castanha assada fez-me recordar os dias frios de Inverno em que passeava de mão dada com o meu pai; nesses gloriosos e inesquecíveis momentos sentia-me uma princesa para quem os sonhos não têm fim. A meu pedido, comprava castanhas, e de cartucho de jornal na mão lá ia eu deliciada, absolutamente feliz. Que saudades desses tempos!
Entrei na livraria Almedina para comprar alguns livros. Um deles destaca-se pela beleza da capa e de conteúdo. É um giftbook, da autoria de Helen Exley intitulado "Sonhar! Ter Fé!". É pequenino e contém belas frases de diversos autores acompanhadas de desenhos mimosos. Abri-o aleatoriamente e eis a frase que encontrei da autoria de Clearwater: "Em cada segundo, pode existir um novo começo. É o livre arbítrio. É a tua escolha.". Estas sábias e simples palavras encheram-me por completo a alma, é como se o seu brilho e a sua magia me tivessem contagiado. E na verdade isso aconteceu.


by: Teresa

"Outras Vidas de Maria Quatro"

"Desde pequena que sempre gostei do faz de conta. O meu jogo preferido era brincar com as bonecas durante horas e inventar histórias sem fim, onde eu fazia vozes diferentes de acordo com as peripécias que criava.
O meu sonho secreto sempre foi fazer teatro, quando cresci tornei-o realidade.
Com umas amigas tenho um grupo de teatro chamado 'Maria Quatro', somos 4 Marias, apesar de nenhuma de nós se chamar assim. Confesso que foi um homem quem nos deu este nome.
Somos as 4 muito diferentes umas das outras, temos em comum a paixão pelas palavras e dar-lhes vida emprestando-lhes o corpo, e muitas vezes a alma.
Sempre achei que nos devemos dar por inteiro ao que amamos, vale sempre a pena, seja qual for o resultado. Para mim fazer teatro é um acto de amor.
Quando não fazemos teatro dizemos poesia, e mais uma vez as palavras ganham corpo..."

Cláudia


O Grupo de Teatro Maria Quatro, depois de um ano de ausência, está de volta e desta vez com dois serões de poesia.
Dia 17 de Dezembro, pelas 21h45, em Vila Nova de Gaia, na Casa Museu Teixeira Lopes, na Rua Teixeira Lopes n.º 32 (atrás do Hospital de Gaia, numa rua mais ou menos paralela ao tribunal );
Dia 18 de Dezembro, pelas 23h00, no Porto, no Pinguim Café, na Rua de Belomonte ( perto do palácio da Bolsa).
As 4 Marias (Ana Balona, Cláudia Novais, Linda Moria, Regina Novais) gostariam imenso de vos ver por lá.

Egoísmo

Somos seres egoístas por natureza. Fazemos das pequenas contrariedades da vida um verdadeiro "cavalo de batalha" e não nos lembramos que por esse mundo fora há quem esteja verdadeiramente a sofrer: crianças, adultos, velhos.
Hoje, quando cheguei a casa, liguei a televisão e enquanto jantava vi uma reportagem especial no telejornal da TVI. Ingeri os alimentos da minha refeição com angústia; o nó que se formava na garganta tornou-se cada vez mais apertado ao me aperceber como as insignificantes contrariedades do meu dia-a-dia só revelam uma extrema imaturidade, egoísmo e ingratidão para com Deus. A dita reportagem versava sobre a falta de assistência e condições médicas nos Açores para com pessoas que sofrem de cancro e de outras doenças graves, as quais têm de se deslocar ao Continente para receberem os devidos tratamentos. Focou a situação de algumas crianças. Tinham o olhar adulto e no rosto rugas de um "envelhecimento" precoce. Fiquei com os olhos rasos de água face à coragem daqueles seres tão especiais, porque, para além de enfrentarem uma doença grave e lutarem constantemente pela vida, estão longe dos seus entes queridos.
Acho que vale a pena reflectir sobre situações como estas e outras similares. Deitemos para trás das costas os aspectos triviais de nossas vidas e preocupemo-nos a sério com aquilo que valha realmente a pena e seja digno da nossa atenção. Para as crianças que deram o seu testemunho, deixo aqui um forte abraço, não de pena, mas antes de admiração profunda pela imensa coragem demonstrada e sentida.


by: Teresa

A Nossa Música

Ouvi na rádio a nossa música, aquela melodia que realça uma cumplicidade partilhada a dois, não indiferente aos olhares alheios. Sempre que a tentas cantar, encolho a cabeça entre os ombros, sentindo a força do embaraço. Com a voz desajeitada e a letra mal decorada, és herói por instantes frívolos que te fazem esquecer as azafamas e aborrecimentos do dia a dia. É bonito ver as tuas emoções à flor da pele; sentir-te invadido por sentimentos revolucionários, os quais te levam aos pícaros da exaltação. Sim, nesses momentos és completamente feliz!

(À minha reminiscência)

by: Adriana Leite























..тихо сгореть в жарком пламени неразведённых костров... by e-nv-y

Desejos - I

Começou a caça. Sou uma presa fácil que não resiste às tuas investidas de predador. Abocanhas-me um seio e eu imploro mais desse prazer que me eleva aos extremos da loucura. O meu coração bate cada vez mais depressa a um ritmo galopante. A euforia do teu olhar fulmina-me a alma em chamas. As tuas grotescas mãos reanimam-me a pele; os poros abertos sugam o teu desejo animalesco. As faíscas do choque dos nossos corpos incendeiam toda uma atmosfera perversa e ao mesmo tempo pudica. Imploro-te mais e mais desse prazer infinito, nunca antes sentido, nunca antes imaginado. Grunho como um animal selvagem e irracional no cio; deliro com o que fazemos... Cada vez mais ofegantes, penetras-me instintiva e profundamente; nesse momento o vácuo apodera-se da minha mente onde os pensamentos não têm lugar; nada existe, apenas o tesão que nos queima e que nos une. Somos um só corpo, um só espírito, um só ser... Atingimos a perfeição na explosão de um orgasmo inesquecível.

(Previamente aqui...)


by: Teresa Sousa

A Aura

A aura é um campo de energia que circunda o corpo protegendo-o como um envoltório de luz. Este envoltório pode ter entre poucos centímetros e três ou quatro metros. As pessoas iluminadas têm auras extensas, que podem ultrapassar os cinco metros em todas as direcções. Quando estamos alegres, a aura expande-se e temos uma sensação de amplitude, de espaço, de conforto, de que tudo é possível. Por outro lado, quando estamos tristes, e aura retrai-se e nós sentimo-nos frágeis, sufocados, como se estivéssemos a ponto de perder o conhecimento.
Além da extensão, a cor da aura também é determinante para conhecer o estado emocional e de saúde de uma pessoa. Quando adoecemos, a aura diminui e a sua cor adquire tonalidades escuras, tornando-nos susceptíveis às energias não harmoniosas que tendem a agravar ainda mais o nosso estado de saúde. Por isso, é importante que uma pessoa doente esteja cercada de pessoas que lhe queiram bem, para que possa receber energias positivas que venham fortalecer a sua aura, favorecendo a recuperação a saúde.
Até há pouco tempo, apenas as pessoas clarividentes podiam ver a cor da aura, mas hoje em dia é possível fotografá-la, através da "foto kirlian", e receber uma análise do nosso estado físico e emocional.
A aura, assim como os chakras, pode sofrer rupturas e lesões ou ser penetrada por energias negativas, que também ocasionam doenças e desequilíbrios. Pode apresentar vincos, círculos ou fissuras, indicando vários tipos de doenças já somatizadas e em desenvolvimento.
A aura é o reflexo da alma. Mostra o estado real da pessoa através da cor, da intensidade, da extensão e da textura. Pode ser limpa e fortalecida, mas reflectirá sempre a essência do ser, aquilo que somos e o que não conhecemos de nós mesmos. Nalguns casos, quando há ruptura da aura é necessário um tratamento mais intensivo e cuidados especiais até que a parte rasgada seja restaurada e fortalecida.

(In Novo Astral "Terapias Tradicionais e Alternativas")

[Para melhor compreensão e conhecimento do tema em destaque, aconselho a leitura de um livro da autoria de Ted Andrews intitulado "Como Ver e Ler a Aura", da colecção chakra]

Mentira

Tenho o coração repleto de incertezas, dúvidas, medos. Fantasmas rodopiam sem parar diante dos meus olhos; sinto-me horrorizada. Não sei em que acreditar, se na verdade, se na mentira. Dei-te um voto de confiança. Ter-se-á este perdido por entre os meandros da falsidade, da fraqueza, da ilusão?! Quero muito acreditar em ti, acreditar que representas a verdade, acreditar de que nada que te tenho dito é em vão. Contudo, e para meu próprio tormento, algo me diz que fraquejaste e que trocaste aquilo em que acredito por tudo aquilo que desprezo e abomino: trocaste a nossa verdade pela tua mentira. E se assim realmente é, o que queres de mim? Não te dás conta de que sinto prisioneira desse mundo ao qual não pertenço? Não sentes a minha dor, o meu definhar constante?!


by: Adriana Leite



My mood ... by fili AquaMarine

Bênção de Deus

Foi num misto de utopia e realidade que me vi num sonho. A tua candura, a tua bondade, o teu sorriso, o teu carinho, a tua presença física fizeram daquele espaço utópico o meu ideal de felicidade. A sensação de medo aproximou-se, mas logo se desvaneceu. Chamaste o meu nome mais de uma vez e eu temi estar a sonhar dentro de um sonho, mas não, foi real; um momento onirico inesquecível, o mais belo de sempre. Ouvi-te dizer que me amavas muito, enquanto os teus olhos se enchiam de brilho; eu acreditei em tuas palavras, foram as mais sinceras alguma vez escutadas, alguma vez sentidas. Eu acredito em ti. Não era um demónio disfarçado, eras tu. Sabes, a Xaninha continua a ser do coração do papá, nunca duvides... eu não mais duvidarei. AMO-TE!

(À minha eternidade...)


by: Adriana Leite



пернатый триугольник by olson

Alice (o fim da rainha de copas)

O zen não é um blog político. Contudo, decidi reeditar um poema de João Natal, que descreve com uma ironia peculiar e brilhante a situação caótica do nosso País. É uma gota no oceano, mas pelo menos que sirva para alertar e consciencializar as mentes adormecidas e cegas. É que o homem apelidado por muitos de senhor Primeiro-Ministro (na prática não soube sê-lo, faltou-lhe idoneidade e dignidade), não se deu conta de que a arrogância e a luxúria não "matam" a fome ao povo português. Não somos um bando de medíocres e inúteis que vive enfiado em festas de "jet-set". Somos seres humanos que lutamos de forma digna por uma vida melhor, vida esta nem sempre fácil, nem sempre justa. Não somos marionetas. Merecemos respeito! Mais, exigimos respeito!!!


Alice,
Isto não é o país das maravilhas
O buraco na estrada não é toca de coelho
É saneamento básico com obra embargada.
A rainha de copas é capa da Caras
E ainda tem direito a carro novo.
E o povo de tanga na corda bamba
Em cima do muro lá faz de Sr. Ovo
O gajo que cai e sempre se esborracha
E nem todos os cavalos do rei
Ou os fundos comunitários desviados
Vão ser suficientes para o colar de novo.
O povo que se partiu
E a democracia puta que o pariu
Com uma mão à frente e outra atrás
Isto não é o país das maravilhas,
Alice,
Isto é Portugal.
Vai trabalhar mais se queres aumento.
É o défice...
É o défice...

João Natal



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