quinta-feira, março 31, 2005
Estou deitada no chão. Passas por cima, pisas, e pensando tratar-se de simples pedras de rua, não fazes ideia do quanto feres. Continuas o teu percurso sem olhar para trás e eu ali fico estendida, amarfanhada por uma imensa dor que faz as pedras estremecerem. O meu grito de agonia abre fendas que te perseguem de forma obsessiva, mas tu não escutas, não sentes, não vês. O cinzento do céu confunde-se com a cor da minha alma mergulhada numa infinita e atroz tristeza. Não sinto o corpo, terei morrido e ficado assim imersa em pensamentos profundos, presa num presente em que te vejo partir vezes sem conta? Será este o meu castigo, estes punhais cravados no meu coração? Terei eu vivido todos estes anos tendo por fiel amigo o sofrimento que me acompanhou na vida, assim como me acompanha na morte? Ou estarei eu, simplesmente, a ter um pesadelo terrível e acordarei a qualquer momento?
Continuo deitada neste chão frio e desprotegido na esperança de nascer de novo, de chorar pela primeira vez e ser contemplada por uma vida verdadeiramente feliz.
Caminho agora a teu lado; a luz do sol ilumina os nossos corpos que, apesar de distintos, fundem-se num só numa inimaginável alegria. Se isto é um sonho, desejo não mais acordar...
by: Adriana Leite
The Bitter Placidity by Sue Anna Joe
Bridget Jones (Renée Zellweger) namora com Mark Darcy (Colin Firth) há 6 semanas. O que deveria ser um sonho transforma-se num mar de dúvidas e incertezas quando ela passa a questionar o que deve fazer para manter o homem dos seus sonhos a seu lado. A situação fica ainda pior após a contratação da nova colega de trabalho de Mark, de quem Bridget morre de ciúmes, e o reaparecimento de Daniel Cleaver (Hugh Grant), o seu ex-chefe mulherengo, que volta a assediá-la.
Um filme definitivamente a não perder. Acabei de o ver em DVD e simplesmente adorei! Tem uma banda sonora fantástica! Está muito melhor do que o 1º (digo eu!).
quarta-feira, março 30, 2005
A tua felicidade é tão significativa como uma árvore. Tenta mostrar-me uma árvore insignificante, mas não vais conseguir.
Não é a riqueza nem o esplendor mas, sim, a tranquilidade e a ocupação que dão felicidade.
(Thomas Jefferson )
A felicidade não cresce no jardim dos pensamentos rancorosos.
Há beleza em redor dos nossos caminhos, se os olhos atentos a conseguirem localizar no meio das coisas familiares, através da sua aparência humilde.
(Felicia Hemans )
(in "Mil Caminhos para a Felicidade" de David Baird )
terça-feira, março 29, 2005
Este silêncio que irrompe da noite
Mancha com um negro frémito
A clarividência do meu ser.
Nele procuro um eco
Para reproduzir vozes
Que não consigo recordar;
As tuas melodiosas e paternais palavras
Perdem-se, para sempre,
Nas memórias recalcadas
De uma mente cansada e torpe.
Os traços do teu rosto se desvanecem
Na imensa escuridão
Que traz ao meu olhar
A tristeza de não mais te ver.
Tudo o que me resta são os teus retratos,
Fonte inesgotável de luz,
Que ilumina o resto dos meus dias
Obscuros e sem perspectiva.
Adriane Leite
So small by Nuno Peixoto Branco
segunda-feira, março 28, 2005
This has got to die,
This has got to stop,
This has got to lie down,
Someone else on top.
You can keep me pinned,
It's easier to tease,
But you can't paint an elephant,
Quite as good as she.
And she may cry like a baby,
And she may drive me crazy
Cause I am lately lonely.
So, why'd you have to lie,
I take it I'm your crutch,
The pillow in your pillowcase,
Is easier to touch.
And when you think you've sinned,
You fall upon your knees,
Just see within your picture,
Just still forget the breeze.
And she may rise,
If I sing you down,
And she may wisely,
Cling to the ground.
Cause I am lately horny.
So why would she take me only?
Damien Rice
Gold by Jean-Paul Nacivet
sábado, março 26, 2005
"Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com Ele os apóstolos. E disse-lhes: desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo que não mais a comerei até que ela se cumpra no reino de Deus. Então Jesus tomou o cálice, deu graças, e disse: Tomai-o e reparti-o entre vós. Pois vos digo que não mais beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. E tomou o pão, deu graças, e deu-lhes, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. De forma semelhante tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue derramado por vós".
São Lucas 22:15-22
Este é relato da última ceia de Jesus com os seus discípulos, onde instituiu a verdadeira e definitiva Páscoa, conforme registou o evangelista, e que vem consagrado no Novo Testamento (Escritos Sagrados que compõem a Bíblia a partir da vida e experiência de Jesus no seio da humanidade).
A palavra Páscoa vem do idioma hebraico pãsah e do grego pascha, significando literalmente passar por cima, por alto, portanto, passagem. Para os judeus ortodoxos é a festa anual das mais expressivas, celebrada em memória da saída do povo judeu do Egipto. Inicialmente foi estabelecida para lembrar a travessia do mar vermelho e o Livramento do anjo exterminador, que passou sem tocar nos israelitas sobre as casas marcadas pelo sangue do cordeiro, não tendo poupado nenhum dos filhos mais velhos dos egípcios, como consequência da teimosia do faraó egípcio em não permitir a partida dos judeus, após quatrocentos anos de escravidão naquele país.
A Páscoa para o cristianismo tem significado derivado do Judaísmo, mas com feições próprias e significa a paixão que levou Jesus a morrer na cruz pela humanidade, no lugar de cada ser humano, para que todos, em todas as épocas e em todos os lugares, arrependidos, fossem perdoados e tivessem cancelados os pecados individual e colectivamente cometidos e a certeza e segurança da própria vitória da ressurreição sobre a morte. Logo, significa, também, libertação do ser humano da escravidão das forças egocêntricas que comandam a vontade do nosso corpo sobre o espírito; Ressurreição, já agora, de todas as formas de morte presentes na nossa vida; libertação do domínio do pecado (ausência de consciência e distanciamento do compromisso com os valores da ética cristã errando-se o alvo da perfeição para que fomos criados); capacitação pela actuação do Espírito Santo em nós e sobre nós; reconciliação do mundo com Deus e restituição da vida eterna que o ser humano teve um dia e perdeu por causa do pecado que nos dominou. Possibilidade do reino de Deus vir sobre todos nós.
Desejo a todos uma Santa Páscoa, com muita paz e harmonia.
Holy Trinity (Pala della Convertite) by Sandro Botticelli
quarta-feira, março 23, 2005
O que é o Reiki?
Desde os tempos antigos que se sabe que uma corrente invisível de energia flui através de todos os organismos vivos. Apesar do cepticismo moderno de hoje em dia e da insistência em provas empíricas, a recente investigação médica e cientifica verificou a existência desta energia, e o seu papel no processo de cura físico / emocional / espiritual tem sido validado e reconhecido.
A palavra Reiki consiste em duas palavras japonesas, o Rei e Ki.
Rei : esta é a Alta Inteligência infinita que guia a criação e o funcionamento do Universo e é a fonte de orientação nas nossas vidas. É a sabedoria de Deus, ou o Alto Poder, ou a consciência moral - Deus. Ele compreende e conhece cada pessoa na totalidade, uma vez que é omnisciente e omnipresente. Deus conhece a causa de todos os problemas e dificuldades e como curá-los.
Ki : esta é a energia da força vital que anima tudo, isto é, dá vida. O Ki é uma força vital que flui em nós através dos chacras e dos meridianos. Também se encontra à nossa volta, na aura que rodeia cada um de nós. É necessário à energia da força vital para que possa fluir livremente no, e à volta do corpo para manter a saúde. A fonte do Ki está no ar, nos alimentos, no nascer do sol e no sono. Pode aumentar-se o Ki através de exercícios respiratórios e da meditação. Se existir um nível elevado de Ki, significa que somos fortes, confiantes, gostamos da vida e somos capazes de enfrentar desafios. Um baixo nível de Ki significa uma força vital fraca, um funcionamento do corpo e da mente diminutos, e consequentemente vulnerabilidade para doenças. O Ki dá vida e alimenta os órgãos, as células e os tecidos e é responsável por melhorar as funções vitais. É a energia primária das emoções, dos pensamentos e da vida espiritual. Quando o Ki deixa o corpo físico, o corpo morre.
A beleza do Reiki reside na sua simplicidade, na acessibilidade a todos. O nosso nível de educação ou QI é imaterial. A única coisa que aqui é significativa é o nosso desejo genuíno de deixar entrar a energia que pode curar o corpo e a mente, e a nossa vontade de nos responsabilizarmos pelo nosso bem-estar.
A Ki ajuda o corpo a libertar o stress e a tensão, ao dar origem a um estado de relaxamento profundo que promove a cura e a saúde, e um estado de totalidade e de equilíbrio.
Para juntar à estrutura física do corpo, também existe um sistema de energia subtil através da qual fui a energia da força vital. Este sistema consiste em corpos de energia que rodeiam o corpo físico e ajudam-nos a processar os pensamentos e as emoções. Os corpos de energia têm chacras ou centros de energia, que regulam o fluxo, a força vital através dos corpos físicos, mentais, emocionais e espirituais. A energia da força vital alimenta-nos e equilibra as funções e sistemas do nosso corpo.
O Reiki tem sido definido como energia da força vital que é guiada espiritualmente e que está presente em todos o lado. O sistema Reiki é uma técnica de transmissão de energia no sistema de energia humano através das mãos. O Reiki limpa o corpo (isto é, o corpo físico e mental) de toxinas e restaura o equilíbrio de energia e a vitalidade ao atenuar os efeitos prejudiciais do stress. Abre os chacras bloqueados e os meridianos, liberta os corpos de energia e deixa-nos relaxados em paz, com um sentimento de profunda purificação mental.
O tratamento Reiki é quente, é suave, é envolvente, é confortável e é educativo. Cria um sentimento de alegria espontânea e um esplendor incandescente. O Reiki trata a pessoa na totalidade: o corpo, a mente, as emoções e o espírito.
O Reiki é simples e seguro. Não há riscos relacionados com ele. Não só é absolutamente inofensivo como é benéfico para todos nós. Nunca pode ser usado incorrectamente porque cura sempre. Ele cura ao fluir através das partes afligidas do campo de energia e carrega-as com energia positiva. Aumenta o nível de vibrações do campo de energia no, e à volta do corpo físico onde haja pensamentos e sentimentos negativos, quebra estes factores prejudiciais e afasta-os. O Reiki liberta, fortalece e cura os caminhos de energia para que a energia da força vital possa fluir naturalmente e desimpedida uma vez mais.
O Reiki não é uma religião. Não tem dogma e não se baseia em crenças obrigatórias. De facto, funciona sem crenças porque elas não são importantes. Contudo, o que é necessário ao Reiki é que se viva a vida em harmonia com o mundo, e isto irá trazer-nos bem-estar. Por esta razão é importante praticar determinados ideais simples e éticos para promover a paz e a harmonia. E isto traduz-se em cinco princípios: "Não se zangue", "Não se preocupe", "Seja gracioso", "Leve uma vida de honra" e "Honre os pais, honre os professores e honre os mais velhos". O propósito destes princípios é ajudar-nos a perceber que curar o espírito ao nos decidirmos de forma consciente, a melhorar nós próprios, é uma parte necessária da experiência de cura do Reiki.
A concluir, parece que a maioria, se não todas, das pessoas beneficiaria com os tratamentos Reiki. Sentir-se melhor com nós próprios e com aquilo que nos rodeia é provavelmente o primeiro passo para tornar o nosso planeta num local mais pacífico e harmonioso para viver.
(in "Guia Prático do Reiki" de Bill Waites e Mestre Naharo )
"The Hands of Time" by Jim McNitt
terça-feira, março 22, 2005
Foi aos 40 anos que Sónia percebeu que precisava de ajuda. Na altura vivia em casa do sogro, "um homem complicado", e o ambiente era pesado e permeável a discussões constantes. "O meu marido não queria ir viver para outro lado e eu sentia-me contrariada. Tinha grandes depressões, mudava de humor constantemente e acordava muitas vezes com vontade de desaparecer". Um dia caiu e, na rotina dos cuidados preventivos, o médico de serviço aproveitou para lhe medir a tensão. "Receitou-me logo uma quantidade de fármacos. Tinha a tensão tão alta que disse que eu era uma bomba prestes a explodir". Tomou diuréticos e antidepressivos, mas os anos foram passando sem que a tensão baixasse. "Nunca pensei em ir a um psicólogo antes de o meu marido me falar nisso. Ainda demorei algum tempo até tomar a decisão, mas um dia vi uma placa com a inscrição de um nome de um psicoterapeuta, e decidi entrar".
Coincidência ou não, o psicólogo era credenciado em terapias regressivas e, após seis meses de sessões de apoio sem resultados comprovados, surgiu a ideia da terapia regressiva. A verdade é que a tensão não baixara nem indiciava vir a baixar brevemente. "Não, eu não tive medo. Não tenho medo de nada, acho que nunca tive. O que tem de ser feito tem de ser feito", explica Sónia. Sempre fora assim: uma lutadora, um furacão de mulher, uma sofredora também. A mais nova de seis irmãos, crescida no seio de uma família pobre e pouco adepta do diálogo entre pais e filhos, Sónia aprendera a sobreviver, sem esperar muito da vida. Independente e rebelde, acabara por deixar de sonhar, acreditar na vida, em si mesma e nos que a rodeavam. Uma sobrevivente dos tempos em que um filho de limitava a ser mais um ganha-pão. Sabia que era uma pessoa fria, sabia que não se conseguia apegar a ninguém, mas nunca sentira necessidade de consultar um especialista. Até ter uma filha, por quem daria a vida. Foi por isso que, aos 40 anos, depois de crescer, de casar, de chorar sozinha e de aprender a viver em sonhos, Sónia decidiu ir a um psicólogo.
"Tinha eu três anos quando a minha mãe teve de se submeter a uma operação de barriga aberta. Eu não sabia, só soube muito mais tarde. Naquela família não se dizia nada, não se davam explicações às crianças. Foi por isso que, quando me entregaram à minha tia, eu me senti confusa e culpada. Não percebia porque é que tinha de ir viver para longe da minha mãe e dos meus irmãos. Foi um grande choque". Deitada no divã, Sónia regrediu aos três anos de idade e viu a casa, os tios, o rio, tudo numa dimensão muito maior. Parecia-lhe um filme animado, embebido em repulsa e tristeza. Não gostara de estar com os tios. Pouco a pouco, lembrou-se de ver o que não devia e tocar no que não queria. Percebeu que fora abusada pelo tio e que ele, embora nunca a tendo violado, a "visitava" de tempos a tempos com propostas que confundiam a menina de três anos. O abuso durou um ano e meio até a menina voltar para o colo da mãe. Deitada naquele divã, mulher feita, Sónia chorou como chorara a menina que fora. Chorou o abuso e chorou a vontade de falar que a perseguira nos primeiros anos. Já adolescente, a sua memória optara por expulsar essas lembranças, mas isso só acontecera muito tempo depois do trauma.
No aconchego do consultório, ouvindo a voz calma e reconfortante do psicólogo, a paciente lembrou-se da prisão, da angústia de saber que tinha feito algo muito errado mas não saber a quem confessar. "Se a minha mãe soubesse, batia-me logo, e com os meus irmãos também não podia falar pois iriam logo contar aos meus pais. Já não me lembrava daquele sentimento de culpa, daquela vontade de falar".
Quando acabou a sessão, Sónia soube que a prisão acabara, que o segredo já não lhe pertencia e deixaria de gritar nas suas entranhas. Soube que a sua tensão era uma bomba porque o corpo já não aguentava esconder a frustração, a insegurança e a culpa. Hoje tem 50 anos e só contou o seu segredo ao marido, mas a tensão baixou e reconhece que está mais calma, mais segura e mais leve. Não guarda rancor a ninguém. Nem ao tio que a obrigou a crescer precocemente, nem à mãe que lhe negou a infância. "A vida é simples assim", afirma Sónia, mantendo o olhar rebelde de menina. Rebelde sim, admite que o será sempre. Mas calma e segura de si própria, sem culpas nem frustrações, o que nunca fora antes. Hoje agradece o momento de lucidez e amor que a fez entrar naquele consultório.
(in Revista Pública Nº 362 / de Maio 2003)
the lost rose by Natalie Shau
segunda-feira, março 21, 2005
Trago nas mãos secas
O cheiro da tua pele macia,
Esse perfume que inalo
Com um prazer infindável.
Nos lábios amargos
Trago o teu doce sabor
Que corta o salgado
De um mar de lágrimas incolor.
Na mente sã
Trago um singular pensamento,
Intimo e revelador,
De um forte sentimento
Chamado Amor.
São estas mãos que te tocam,
São estes lábios que te beijam,
É esta mente que enlouquece,
É este Amor que sinto
Por ti!
Adriane Leite
Sins by Nuno Peixoto Branco
sábado, março 19, 2005
Olá amigos!
Venho hoje anunciar-vos, com muito orgulho, a exposição de trabalhos fantásticos a pastel sobre papel de influência surrealista e não só, de um amigo, José Fernando Lobo Duarte, que tem lugar na joalharia "17 Horas", em Celas (perto do café tirano), Coimbra.
Esta exposição teve início no passado dia 12, e prolongar-se-á, aproximadamente, até dia 2 de Abril próximo.
Se puderem dêem lá um saltinho, pois garanto-vos que vale realmente a pena!
O Lobo, apesar de um artista, é uma pessoa maravilhosa, com uma experiência de vida fantástica e que eu muito admiro... Um forte abraço amigo!
"Apesar de ter vindo a expor os meus trabalhos em espaços institucionais, estou um pouco à margem; na verdade, o importante é que a arte transforme a vida das pessoas (...) há variadissimos olhares; eu acredito que o meu trabalho é uma abordagem pela poesia."
Lobo
sexta-feira, março 18, 2005
Todos querem a paz. Mas será que fazemos a nossa parte nessa missão? Há pessoas que a alegam que a paz está nas mãos dos governantes e que são eles os grandes culpados pelas tragédias que acontecem diariamente. Qual será a nossa parcela de culpa nisto?
Nada como a paz para viver bem
Na verdade, a paz mundial depende realmente das decisões tomadas pelos grandes, que detêm o poder de iniciar ou findar novos conflitos e guerras. Mas a paz é somente isto? Obviamente, a resposta é "não". As pessoas comuns podem muito bem evitar as discórdias que surgem a todo o momento em nossas vidas, como uma discussão ferrenha em família, intrigas no trabalho, na escola...
Desacordos como estes tiram-nos a paz, provocam-nos stress, cansaço, irritação e até mesmo doenças, como a depressão.
Todos estes prejuízos provocados no nosso corpo e na nossa espiritualidade podem ser afastados com simples mudanças de atitude no nosso dia-a-dia.
A paz interior
A primeira grande transformação deve vir de dentro. Aprender a obter a paz interior é um exercício que deve ser feito com muita disciplina. Quem consegue manter um estado de espírito calmo e cultiva bons pensamentos está no caminho certo. Mesmo nas fases difíceis, é preciso ter equilíbrio e lembrar-se sempre de que a mão de Deus é maior que qualquer obstáculo terreno.
Agradecer a Deus pela vida e saber encontrar o lado positivo de toda as coisas também auxilia muito. Pare para pensar: somente o facto de ter a consciência de que há uma força maior, encarregado de nos reger e iluminar, já não é motivo suficiente para sermos felizes?
Meditação, orações e até exercícios físicos são grandes aliados, que nos fazem construir bases fortes contra a violência. A partir de então, é possível combatê-la no relacionamento com os outros.
Mas o que é a violência?
A violência pode estar tanto num simples gesto dentro de casa, quanto num assalto no meios da rua. Tudo depende da intensidade com que ela é cometida. Às vezes, uma palavra maldosa num momento mau pode ser mais forte do que nos roubarem um bem pessoal em plena luz do dia.
As raízes da violência urbana certamente estão na miséria que ronda as nossas cidades. Porém, outros problemas que assombram a nossa tranquilidade, como o desemprego, a insatisfação no trabalho e a falta de dinheiro, fazem-nos impacientes com o próximo. E isso é um tipo de violência mascarada, que faz mal a quem sofre e também a quem a pratica.
A busca pela paz é colectiva
Obtendo a paz interior, é preciso irradiá-la para o próximo. De nada adianta ser uma pessoa pacífica, se aquelas que o rodeiam não seguem a mesma postura que você. Por isso, é extremamente positivo levar boas palavras a quem necessita de ajuda e tentar mostrar, mesmo àquelas que não querem, a importância de dizer "não" às agressões do quotidiano.
Uma maneira de proporcionar paz às pessoas é estar sempre alegre. Quem não conhece alguém que leva alegria a todos os ambientes, simplesmente por estar presente neles? A alegria é contagiante, e a maioria das pessoas anseia experimentá-la. Estar alegre é uma manifestação de felicidade espontânea, observada principalmente nas crianças, talvez pela sua pureza de espírito.
Para demonstrar o seu carinho pelo próximo, não se esqueça de ser gentil e de distribuir sorrisos e abraços a quem está ao seu lado, como os seus familiares e amigos. Isso alivia as tensões do dia-a-dia e dá um colorido especial à rotina de todos.
(in "Preces e Orações", edição encadernada [série Novo Mundo nº 38])
Tres Cruces by dagmar wabnig
quinta-feira, março 17, 2005
Se tiveres sensações de inutilidade ou de frustração, faz qualquer coisa construtiva... vai dar de comer aos passarinhos do parque.
A felicidade é mais forte do que o medo.
A felicidade vem das acções positivas, de estabeleceres e de conseguires alcançar as tuas metas. Não precisa de ser ensinada.
Não fiques sentado à espera que a felicidade apareça.
(in Mil Caminhos para a Felicidade de David Baird )
terça-feira, março 15, 2005
Ontem saí à rua. Procurei por mim na esperança de encontrar uma pessoa feliz, mas tudo o que encontrei foi um ser amargurado, de alma gelada e coração desfeito. Desejei tanto o calor humano, um sorriso, um olhar meigo e palavras doces. Sempre tive o terrível mau gosto de desejar o impossível; agora sinto não ser possível viver (ou sobreviver) numa sociedade sem o uso de uma carapaça dura e aparentemente insensível; um disfarce ideal onde ocultar a dor, as lágrimas, a sensibilidade, a crença em sentimentos opostos à hipocrisia, à falsidade e à indiferença.
Ontem saí à rua e dei de caras com um "eu" material que em nada condiz com um "eu" espiritual. Fiz um grande esforço e consegui suportar a dor, prendi-a em minha garganta... foi mais um "sapo" que não pude sequer engolir por ser demasiado suspeito. Retive as lágrimas que teimavam em brotar de meus olhos, calei uma tristeza jamais perceptível por quem nunca a sentiu verdadeiramente, respirei bem fundo e disse para mim mesma: "Tu consegues!". Abstraí-me daquele lugar, daquelas pessoas e mais uma vez dei largas ao sonho e à imaginação, onde sei que sou verdadeiramente feliz e onde ninguém destroi a esperança que construo dia a pós dia com todo o fervor.
Ontem saí à rua, hoje vou sair à rua, amanhã sairei à rua... e depois? Ninguém dará por nada!
Adriane Leite
Living statue by Fernando Pegueroles
segunda-feira, março 14, 2005
A terapia regressiva, a que muitas vezes se lança mão como último recurso, tem vindo a ganhar cada vez maior expansão e amiúde resolvido traumas profundos a que mais nada consegue dar resposta. São casos de episódios há muito forçosamente esquecidos, ou de marcas deixadas por vidas aparentemente vividas num passado distante. E a que psicólogos e terapeutas, gente de ciência, procura dar resposta com um regresso a esse passado guardado no subconsciente.
"Então, não vê nada?", insistia o psicólogo com uma voz grave e calma. De olhos fechados, Andreia observava atentamente o breu que as pálpebras impunham, mas nenhuma imagem lhe surgia. "Um som?", retomou a voz masculina. Um sino. Ouvia um sino. "Uma textura?, continuou ele. Pedra, pedra dura e fria. O granito de uma igreja. Pouco a pouco, a Andreia começou a sentir-se agarrada de ambos os lados. Estava numa igreja e os sinos soavam. Um multidão enraivecida enchia o espaço de uivos ruidosos. E homens, um grupo de homens, sentados onde devia estar o altar, decidiram algo sobre a sua vida. O ambiente era pesado, repleto de ódio e de raiva, e Andreia sabia que o fim não lhe seria promissor. Mas não tinha medo. Não tinha medo nenhum, porque ouvia a voz do psicólogo ao longe e sentia a tranquilidade do seu corpo e sabia que estava tudo a salvo. Mais do que tudo, sentia que aquela era a solução para o problema que a perseguia há tanto tempo. Tinha de passar por aquilo para ser curada.
Tudo começara quatro anos antes. Sem razão aparente, Andreia começara a notar o aparecimento gradual de manchas pelo corpo inteiro. Grandes, salientes, algumas acabando em feridas abertas. Alastraram pelo pescoço, pernas e braços, e não havia médico que conseguisse expulsá-las definitivamente. Começaram por dizer-lhe que era do sol, mas nem o frio do Inverno as secava. Depois conscluiu-se que as manchas pioravam no momento de tensão do dia-a-dia apressado de Andreia. Entre teorias múltiplas e experiências com os mais diversos fármacos, não se verificavam quaiquer evoluções. Passaram-se meses até que a medicina convencional sugeriu o uso de cortisona como o único recurso capaz de debelar as crises. "Mas não, nem me passava pela cabeça continuar a tomar sistematicamente algo tão forte. Até porque, pouco a pouco, comecei a perceber que as manchas não eram só um sintoma físico. Sentia que não era só o meu corpo que precisaca de cura. Também o meu espírito e a minha mente pediam ajuda."
Na altura, Andreia lia uma obra técnica sobre terapia regressiva e o assunto, em vez de aguçar o cepticismo racional que lhe caracterizava a vida profissional, despertara-lhe antes a curiosidade. Andreia sentia que aquela era a resposta para o seu mal e, desesperada com a falta de soluções lógicas, não hesitou. Em poucos dias, deitava-se na cadeira reclinável do consultório. De olhos bem fechados continuava presa pela multidão, enquanto o grupo de "juízes" decidia a sua sorte. Paciente e calmo, o psicólogo sabia que aquele era um momento de grande tensão, mas já havia preparado a paciente. Com a ajuda de música relaxante e várias técnicas de respiração, levara-a a um estado modificado de consciência onde a tranquilidade lhe tomara conta do corpo. Não havia nada a temer.
De repente, a multidão entrou em alvoroço e a ré percebeu que asentença fora dada. Os braços que a agarravam arrastaram-na para fora da igreja, onde o povo gritava a uma só voz. "Nesta altura eu já tinha percebido o que estava a acontecer. Era uma bruxa e tinha sido condenada. Também sentia que era inevitável, porque eu vivia numa cabana pobre e isolada, e era curandeira. Sei que tinha a noção que podia ser condenada pelo que fazia, mas naquela altura isso não seria uma surpresa, acontecia frequentemente. Não vi nada com detalhes, limitava-mea identificar certezas que me vinham à mente. Sei, por exemplo, que nada disto se passou em Portugal. Tive consciência de que não era neste espaço físico que estava a viver."
Na praça, o povo pedia sangue e ainda jubilou mais quando prenderam a condenada a um tronco e atearam fogo. Primeiro, o fumo. Um fumo que tornou o ar do consultório mais espesso. Deitada na cadeira reclinável, Andreia sentiu a garganta arranhada, o coração a disparar e a falta de oxigénio. Pouco a pouco foi sentindo as chamas, a pele a secar, encarquilhar e cair. Não sentiu dor, mas sabia o que lhe estava a acontecer. No consultório, Andreia não chorou, nem gritou. No fundo, sabia que estava a salvo, sabia que aquele pesadelo não sairia da sua memória.
De um momento para o outro, deixou de sentir a pele, o fumo que não a deixava respirar e os gritos de júbilo da multidão. Estava a levitar, noutra dimensão, sobre aquele cenário mórbido. Morrera e na morte sentia uma paz, uma tranquilidade, uma sensação de pertencer a algo muito maior, mais sábio e grandioso. Nunca se sentira tão bem. Tão tranquila consigo mesma e com o mundo. Estava em paz.
Depois desta sessão, Andreia ainda quis tratar outros sintomas que a apoquentavam. Mas as manchas, que lembravam a bruxa que fora outrora, desapareceram por completo. Hoje, acredita plenamente na reencarnação e, embora admita que esta visão possa ter sido uma criação da sua mente, a verdade é que a morte já não a assusta. Nem a morte, nem o mundo que a rodeia, nem a multidão que antes a aterrorizava.
"Sempre tive muito medo de falar durante as reuniões, era tímida com quem não conhecia. Hoje já deixei de ver os estranhos como 'juízes' e sinto-me muito mais livre. Penso que ter regredido a uma experiência de pós-morte também me ajudou a perceber que fazemos parte de um todo e esse todos é muito bonito e tranquilo. Não há nada a temer."
(in Revista Pública Nº 362 / 4 de Maio 2003)
Untitled by Rene Asmussen
sábado, março 12, 2005
"Jerry Maguire", de 1996 é, sem sombra de dúvida, o filme da minha vida. A parte que mais me fascinou nesta película foi a cena, cujo diálogo está abaixo transcrito...
Clicar para ouvir...
Jerry: Hello? Hello.
I'm lookin' for my wife.
Wait. Okay...okay...okay.
If this is where it has to happen, then this is where it has to happen. I'm not letting you get rid of me. How about that?
This used to be my specialty, you know. I was good in a living room. They'd send me in there, and I'd do it alone. And now I just... I don't know...
But tonight, our little project, our company had a very big night - very, very big night.
But it wasn't complete, wasn't nearly close to being in the same vicinity as complete, because I couldn't share it with you. I couldn't hear your voice, or laugh about it with you. I miss my -- I miss my wife.
We live in a cynical world, a cynical world, and we work in a business of tough competitors.
I love you. You -- complete me. I just had --
Dorothy: Just shut up. You had me at hello. You had me at hello.
quinta-feira, março 10, 2005
Gostava de poder voar
Pela eternidade...
Apreciar do alto
A natureza, as pessoas...
Como eu gostava de poder voar!
Sentir a liberdade,
A sensação de viver um sonho permanente;
Sentir a chuva, o vento, a neve, o sol
Tão de perto;
Ser iluminada pelas estrelas
E não sentir medo da noite escura...
Seria maravilhoso libertar os fantasmas
Que vivem prisioneiros numa mente
Bloqueada.
Voar e voar,
Chegar mais perto de Deus
E pedir perdão
De forma a que Ele pudesse ouvir
Mais de perto...
Sentir a minha espiritualidade
De uma forma consciente
Sem esquecer o que sou,
O que fui e o que serei;
Reencontrar-te, sim, sentir-te,
Matar a saudade que amachuca o peito
E acorrenta a garganta...
E não mais te perder!
Adriane Leite
27 by Lisa Grant
quarta-feira, março 09, 2005
Entre o mar e a terra
Habita a razão
De uma verdade fera
Que em ti semeia
Ventos e devastação.
Entre a noite e o dia
Há uma luz crepuscular,
Que de mansinho nos guia
Para um magnífico luar.
Entre o frio e o calor
Há um intenso sentimento
Ao qual eu chamo amor
E tu, terrível tormento.
Entre o meu e o teu ser
Há pura incompatibilidade,
Um admirável equilíbrio de se ver
No espelho da tua vaidade.
Adriane Leite
Shadows Lurking by Nuno Peixoto Branco
terça-feira, março 08, 2005
Não é surpresa nenhuma que, num mundo predominantemente machista, muitos desconheçam o significado do dia 8 de Março. O importante é definitivamente o seu valor histórico e entende-lo como a comemoração de um dia em que as mulheres adquiriram o privilégio de serem lembradas e homenageadas, como se esse dia fosse um prémio de consolação para todas as lutas quotidianas e históricas contra a discriminação e diferenciação extremada que se deu ao longo dos séculos entre homens e mulheres.
Não é difícil concluir que ainda hoje a mulher é vista e diferenciada pelo seu carácter biológico, recebendo qualificações que a "coisificam" ou a animalizam de tal forma, que o seu peso na sociedade fica muito mais restrito e desconsiderado. Já ao nascerem, homens e mulheres, são preparados pelas instituições sociais (família, escola, igreja, meios de comunicação) para seguirem o "script" dos estereótipos criados com a intenção de manter imóvel a forma de organização política vigente e, principalmente, perpetuar o poder predominantemente masculino e opressor.
É preciso atentarmos para a indiferença com que o Ocidente trata a política do Taliban para com as mulheres afegãs, que sofrem torturas e discriminações diárias tão graves, por motivos que nos chocariam. Algumas mães preferem matar os seus rebentos para não passarem o mesmo sofrimento de não poderem refugiar-se nem em seu próprio corpo, por este ser um património da família. Isso só prova que o mundo ainda segue uma linha predominantemente machista e, será que em pleno séc. XXI é possível falar-se em emancipação?
Vale realmente a pena reflectir sobre isto...
Untitled by Yuri Bonder
domingo, março 06, 2005
Adriane Leite
pequeno canteiro by Teresa Sousa
sábado, março 05, 2005
Tal como acontece com as memórias de infância, as nossas vidas passadas estão recheadas de acontecimentos que, provavelmente, nos levaram a analisar os factos de forma emocional ou irracional ou, quem sabe, terão existido, talvez, acontecimentos traumatizantes que causaram bloqueios, cuja permanência irá prejudicar o crescimento e a felicidade. Frequentemente, os traumas, a percepção limitada e o profundo envolvimento emocional, associados a determinado acontecimento ocorrido de forma contrária às nossas expectativas, e que somos incapazes de observar com isenção, produzem consequências que poderão afectar não só o resto desta vida, em particular, como muitas vidas futuras. Nestas circunstâncias, poderemos tomar atitudes impeditivas de um crescimento saudável, da apreciação da vida ou de relacionamentos equilibrados. Olhar para as vidas passadas pode comparar-se a uma análise da infância da vida presente, com o propósito de eliminar medos e incompreensões aí plantados e de sarar feridas emocionais e mentais.
Os medos irracionais presentes na existência actual, tais como o medo do fogo ou de animais, cujas causas desconhecemos, podem ter origem em acontecimentos ocorridos em vidas anteriores. Por vezes, a libertação, ou o caminho para ela, ocorre com a observação e compreensão desses eventos.
Há um factor que se torna bastante evidente nas regressões. Em geral, as pessoas mostram forte tendência para transportar, de vida para vida, as suas atitudes e comportamentos, até chegar o momento em que atingem a percepção da sua forma de agir e a consciência de que não desejam viver desse modo. Quando conseguimos encarar o facto de que só nós somos responsáveis pelos actos que praticamos, assim como pelas nossas reacções, pensamentos e atitudes, torna-se mais fácil operar a transformação. Embora as modificações na nossa vida dependam apenas de nós, os outros poderão ajudar-nos a concretizá-las ou impedir-nos de levá-las a cabo. Podem, também, ocorrer factos sobre os quais não temos domínio; no entanto é sempre possível controlarmos os sentimentos e as reacções pessoais em relação a esses eventos, assim como o impacto que possam provocar em nós.
O conhecimento de vidas passadas pode ajudar-nos a encontrar as causas de problemas, fornecendo-nos, frequentemente, ideias para soluções mais adequadas. Esse conhecimento proporciona-nos a serenidade que se origina na verificação da existência de um plano que rege as nossas vidas e o nosso desenvolvimento. Pode trazer a aceitação da morte como uma outra parte da vida. Contudo, o mais importante é lembrarmo-nos de que cada vida constitui uma nova oportunidade de crescimento e de evolução e que, em cada uma, cada dia representa um novo começo.
(in "Karma e Reencarnação" de Geneviene Lewis Paulson e Stephen J. Paulson )
Wild Horses byLissa Hatcher
sexta-feira, março 04, 2005
A beleza não está no que tens,
Mas no que és...
Sê belo como o sol,
Radiante como as estrelas,
Bravo e corajoso como o mar...
Sê destemido,
Ensina o coração a amar.
Sê livre como um pássaro,
Voa, expande essa tua alegria
Pelo mundo inteiro...
Sorri com esperança,
Esquece essa nostalgia,
Sai desse cativeiro...
Impõe-te os melhores princípios,
As melhores regras;
Cria em ti a independência tão almejada,
E vai, corre, depressa
Para os braços da tua amada,
Essa fonte inesgotável
Que é a VIDA!
Adriane Leite
(Dedico estas palavras a um amigo que caminha errante pela estrada da ilusão...)
Aquarius by Ben Goossens
quinta-feira, março 03, 2005
Protege, orienta e ampara as pessoas ao longo da existência. Assim que a criança nasce, no momento do parto, por determinação Divina, o Anjo da Guarda daquele ser assume o seu posto de guardião e jamais se afasta, até o retorno da Alma à eternidade. É importante realçar a seguinte realidade: sempre que nasce uma criatura na Terra, o Criador providencia o nascimento do seu Anjo da Guarda. Significa isto dizer que cada Anjo Custódio é específico, ou seja, é feito especialmente para uma pessoa.
O Santo Anjo da Guarda tem uma missão insubstituível ao longo da existência. Embora sempre silencioso e oculto, inspira a prática das boas intenções e boas obras; ilumina o espírito na busca da verdade, para que a mente não se afaste da doutrina correcta; insinua sugestões para problemas de difícil solução; conduz as pessoas a cultivarem bons ideais, com o objectivo maior de dilatar cada vez mais o reino de Deus; estimula a prática da fidelidade, da justiça e do amor fraterno, zelando e orientando as pessoas pelo caminho da salvação eterna.
Dada a sua natureza Angélica espiritual, o Anjo da Guarda é bonito, formoso, cativante e delicado, porque é uma emanação da beleza e das virtudes do Criador. Tal beleza Angélica está relacionada directamente com as virtudes, dons e prerrogativas que o Anjo recebeu do Senhor.
Perante o Anjo da Guarda, as pessoas deverão ter três atitudes:
1ª Atitude de Respeito, por se tratar de um ser mais perfeito e mais digno do que nós;
2ª Atitude de Confiança, pois devemos confidenciar-lhe as dificuldades e pedir-lhe ajuda, luzes e disposição para cumprirmos a missão aqui na terra.
3ª Atitude de Amor, Devoção e Gratidão, a fim de que sejamos dóceis às suas inspirações, porque na realidade são inspirações de Deus; ter confiança nas iniciativas dele e agradecer ao Santo Anjo da Guarda a preciosa e benéfica intercessão junto ao Criador.
Verdadeiramente, o Anjo da Guarda é um poderoso aliado se soubermos desfrutar de sua fiel e perseverante amizade.
Convém, uma vez por mês, acender uma vela branca durante três dias (uma por dia, portanto) ao nosso Anjo da Guarda e rezar uma oração (existem várias para este efeito).
terça-feira, março 01, 2005
De outras vidas...
Revi-me num espaço e num tempo
Longínquos.
O corpo é diferente,
Mas a essência é a mesma.
A matéria mudou
E o espírito evoluiu.
Tu acompanhas-me nesse processo,
Complexo, doloroso,
De onde extraímos
Grandes lições.
Não sei quem fui, quem sou ou serei,
Apenas estou certa
Da longa jornada
Que minha alma terá de enfrentar.
nas vagas do teu olhar by Nuno Peixoto Branco