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terça-feira, agosto 29, 2006

Alma Vazia

Estas mãos, pálidas e esguias, não te acariciam... estes olhos nada vêem... este coração nada sente e o cântico que ouves é a morte que veio embalar os meus sonhos e acordar os pesadelos, monstros outrora enterrados em idílios esquecidos e abandonados. Na boca trago um sabor salgado fruto de emoções em prantos, desmedidas, irracionais... A minha alma, vazia, corre na tua direcção, em busca de conforto, de carinho, de amor; esta minha alma perdida, vagueia, perde-se no nada, na esperança que deixou de o ser. Se tu a visses, se a pudesses ver... se a imaginasses! Tenho saudades de mim, do que fui há muito, muito, muito tempo atrás: perdi a juventude, o amor-próprio, o orgulho... perdi-me e não mais me encontrei; fui, o que nunca mais serei, dei o que jamais darei. Sorri num tempo bondoso, chorei numa vida madrasta e vim morrer nos teus braços, minha mãe, nesses teus braços onde nunca fui criança... tu não deixaste... abandonaste-me e só fiquei nesta dor que me consome, nesta tristeza infinita, nesta velhice prematura. Ai, se tu pudesses ver esta alma vazia, perdida no nada... se pudesses sentir, sentir o que já não sinto ou o que não ouso sentir, se pudesses vir ao meu encontro e eu te pudesse abraçar, beijar, amar. Eu já te amo, mas tu não sabes, já te beijo mas não vês, já te abraço mas não sentes... E sabes o que nos separa meu amor? É a chuva... É a chuva...


by: Adriana Leite



ожидая твоих шагов... by e_nika

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