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quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Solidão

A solidão é escura,
Negra e sombria,
Uma verdade bem dura,
Uma verdade bem fria.

A solidão também mata,
Fere, pisa e destrói,
Uma ferida que maltrata,
Uma ferida que dói.

É um pensamento que assusta,
É um medo que vive,
Uma doença que barafusta,
Uma doença que tive...

Tive, tenho e terei...
Pois nunca cura haverá,
Dela me escondo e esconderei,
Mas sempre (ela) me encontrará.

Quero continuar a viver,
A minha vida não é tão má,
Mas ela faz-me morrer,
É uma pedra que em mim há.

A solidão é essa pedra,
E bem dura, por sinal,
Eu bem a tento destruir,
Mas fica sempre igual.

É semelhante a um fracasso,
Essa solidão relutante,
Tudo o que fiz e agora faço,
É no fim, fracassante...

Tanta tristeza me afunda,
No meu pranto de lágrimas mortas,
Deixa em mim essa mágoa profunda,
De ter fechado todas as portas...



by: António Luís Mendonça da Silva Pereira


(Quantos de nós não sentirá um verdadeiro vazio de alma? Quantos de nós não sentirá o desejo de uma vida repleta de harmonia, onde a solidão possa ser apenas um pequeno refúgio voluntário? Eu sinto e desejo...)

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