sexta-feira, março 05, 2004
Reflexões
Neste momento encontro-me algures num tempo sem perspectiva e num espaço sufocante. À minha volta pessoas passam, falam e por mais centrada que esteja em mim mesma não deixo de escutar os murmúrios que rodopiam em meu redor e atordoam. Apetecia-me gritar -"Silêncio!"-, mas não, não o faço, isso seria dar oportunidade a maldizeres alheios. Centro-me ainda mais em mim mesma e interrogo-me sobre tudo: sobre ti, sobre mim, sobre os outros, sobre a particularidade de todas as coisas. Tento esquecer aquilo que insiste permanecer na minha memória consciente; tento dar um significado lógico e racional ao que me perturba; tento, desesperadamente, encontrar a razão da tua atitude.
Não sei, sabes, em mim perdura uma estranha confusão e um medo atroz. Quero aceitar e compreender, mas o coração dita regras que, impiedosamente, se impõem à mente. Tem piada, e eu que pensava ser o contrário! As imensas possibilidades assombram-me como fantasmas perdidos e atordoados. Não sei onde me encontro, se num sonho, se num pesadelo, ou numa realidade que mais não é do que uma indefinição permanente.
Entretanto, paro de pensar simplesmente. Limito-me a sentir o toque suave e gentil da tua mão a percorrer o meu rosto e a certeza parece regressar... Mas por quanto tempo?
by: Adriana Leite
обида by lehasapiens
Neste momento encontro-me algures num tempo sem perspectiva e num espaço sufocante. À minha volta pessoas passam, falam e por mais centrada que esteja em mim mesma não deixo de escutar os murmúrios que rodopiam em meu redor e atordoam. Apetecia-me gritar -"Silêncio!"-, mas não, não o faço, isso seria dar oportunidade a maldizeres alheios. Centro-me ainda mais em mim mesma e interrogo-me sobre tudo: sobre ti, sobre mim, sobre os outros, sobre a particularidade de todas as coisas. Tento esquecer aquilo que insiste permanecer na minha memória consciente; tento dar um significado lógico e racional ao que me perturba; tento, desesperadamente, encontrar a razão da tua atitude.
Não sei, sabes, em mim perdura uma estranha confusão e um medo atroz. Quero aceitar e compreender, mas o coração dita regras que, impiedosamente, se impõem à mente. Tem piada, e eu que pensava ser o contrário! As imensas possibilidades assombram-me como fantasmas perdidos e atordoados. Não sei onde me encontro, se num sonho, se num pesadelo, ou numa realidade que mais não é do que uma indefinição permanente.
Entretanto, paro de pensar simplesmente. Limito-me a sentir o toque suave e gentil da tua mão a percorrer o meu rosto e a certeza parece regressar... Mas por quanto tempo?
by: Adriana Leite
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