quarta-feira, julho 21, 2004
O Dia do "Adeus"
Faz hoje um ano que partiste. Recordo com precisão esse fatídico dia; o toque do telefone fez estremecer a terra e uma voz gélida do outro lado escavou um abismo, onde caí desamparada... "Não é verdade" - pensei, "Tu és o meu herói, o meu pilar, a minha força" - prosseguiu o meu pensamento desenfreado. Corri para junto dos teus pertences na esperança de poder encontrar o teu corpo já então moribundo, prostrado algures ainda morno (?). Agarrei o teu retrato, forçando a minha mente a absorver a tua imagem. No meu rosto chovia a tristeza de uma alma em estado de desespero coberta por um manto negro. Tive vontade de gritar, para libertar toda a raiva apresionada, mas faltaram-me forças...
Perdoa-me por, durante algum tempo, te ter culpado pela tua partida. Agora entendo que, quando o pano se rasga, a tenda cai, sobressaindo o que realmente somos. Estou certa de que um dia regressarei à nossa casa, e nesse mesmo dia voltarei a abraçar-te e ouvir-te-ei perguntar: "De quem é a Xaninha", ao qual prontamente responderei: "É do coração do papá!".
Porque o tempo voa, não direi "adeus", mas um simples "até logo"...
by: Adriana Leite
Red by ade mcfade
Faz hoje um ano que partiste. Recordo com precisão esse fatídico dia; o toque do telefone fez estremecer a terra e uma voz gélida do outro lado escavou um abismo, onde caí desamparada... "Não é verdade" - pensei, "Tu és o meu herói, o meu pilar, a minha força" - prosseguiu o meu pensamento desenfreado. Corri para junto dos teus pertences na esperança de poder encontrar o teu corpo já então moribundo, prostrado algures ainda morno (?). Agarrei o teu retrato, forçando a minha mente a absorver a tua imagem. No meu rosto chovia a tristeza de uma alma em estado de desespero coberta por um manto negro. Tive vontade de gritar, para libertar toda a raiva apresionada, mas faltaram-me forças...
Perdoa-me por, durante algum tempo, te ter culpado pela tua partida. Agora entendo que, quando o pano se rasga, a tenda cai, sobressaindo o que realmente somos. Estou certa de que um dia regressarei à nossa casa, e nesse mesmo dia voltarei a abraçar-te e ouvir-te-ei perguntar: "De quem é a Xaninha", ao qual prontamente responderei: "É do coração do papá!".
Porque o tempo voa, não direi "adeus", mas um simples "até logo"...
by: Adriana Leite
Red by ade mcfade
Comments:
Enviar um comentário