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segunda-feira, outubro 18, 2004

Casa d'Avó

Na casa velha, as paredes de cal
Onde é guardada a história da família,
Presunto fumado cheio de sal,
As manhãs de Inverno com chá de tília.

O lar que envelhece apartar o mal
Esquece guardando toda a quezília,
Juntam-se todos só em funeral
Choram copiosamente na vigília.

Naquela casa de campo eu cresci;
No meio do milho e meio da vinha,
Brincando na seara e na desfolhada

E não me esqueço hoje que cresci
Esta bonita história que é a minha
Da casa d'Avó p'ra sempre lembrada!

João Natal
11/10/2004

(Conheço bem esta casa e ao ler este magnífico soneto sou como que transportada para um passado onde a pureza e inocência brotavam desse teu olhar que ainda hoje possuis...)






















Ruralidades de José Gama

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