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sexta-feira, novembro 26, 2004

Renascer

Dez anos se passaram. Olho-me no espelho e praticamente não reconheço a pessoa que um dia fui: uma adolescente/jovem com sonhos, com ideais, com metas por atingir. Os meus olhos grandes de criança pintavam de esperança as telas pálidas, esmorecidas, tristes, dando-lhes um novo alento. A minha força e determinação prendiam a atenção de qualquer obstáculo, como que hipnotizando-o. Era detentora de uma energia invejável, suprema. A sorte nem sempre me sorria, é certo, mas sorria-lhe eu à medida que me tornava sua cúmplice.
Tinha como melhor amiga a solidão, que preenchia todos os espaços vazios existentes em mim; com ela ria, chorava, amava, desacreditava...
Mas o tempo passou. As tempestades internas têm vindo a agravar-se de dia para dia. Os relâmpagos cegam-me e os trovões não me deixam escutar a voz da razão; as fortes chuvadas arrastam-me impiedosamente para a lama e lá permaneço. Sinto-me suja, muito suja. Desfalecida no cubículo da mediocridade, desejo desesperada e ansiosamente que alguém me estenda a mão. Mas esse alguém chega e logo parte e eu permaneço assim abandonada. A sorte tornou-se má e se antes foi mãe hoje é madrasta.
Amanhã, com o nascer do sol, renascerei para a vida. Entrarei numa nova etapa, onde a familiaridade de certas coisas será uma constante e uma certeza!


by: Adriana Leite

(À minha ociosidade)



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