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quinta-feira, abril 14, 2005

A Experiência Regressiva de Estela

Deixo-vos ficar com algo impressionante: o testemunho de alguém que regrediu a uma vida passada, tendo-se tornado numa pessoa mais confiante, segura de si mesma e, certamente, mais feliz. Estela, obrigada por me dares a oportunidade de tornar público este teu fascinante testemunho, o qual me deslumbrou por completo quando o li, aumentando a minha vontade e desejo de passar por experiências similares e, seguramente, reforçando a minha crença. Um grande beijinho para ti!

A energia existe em tudo. Tudo é energia.
O nosso espírito, que foi criado à imagem do Ser Divino e Supremo que lhe deu a vida, é também energia e necessita de um veículo - o nosso corpo físico - para se movimentar nesta dimensão onde existimos. O nosso corpo físico, por sua vez, é criador de energia, desde os alimentos que ingerimos e que são processados e transformados em energia, até ao campo electromagnético que rodeia o nosso corpo físico e que espiritualmente designamos por Aura, tudo é energia e a energia existe em tudo!
A Aura é constituída por várias camadas de energia onde se encontram armazenadas todo o tipo de informações, desde as causas das nossas doenças até às memórias de vidas passadas, memórias estas que nos conseguem dar explicação para factos da nossa vida presente. A terapia da regressão é uma das várias ferramentas existentes para conseguirmos aceder a essas memórias escondidas.
As palavras que se seguem, pretendem contar a minha experiência pessoal de uma viagem, ou regressão, a uma vida passada. Confesso que esta regressão não foi planeada ou premeditada. Embora tenha sido efectuada por um terapeuta conceituado, aconteceu por acaso. Sei agora, que aconteceu porque eu precisava que ela acontecesse, porque eu precisava de saber...

Fui convidada, por uma grande amiga, para assistir a um seminário sobre hipnose e terapia regressiva a cargo do Dr. Joel Abreu. Aceitei o convite porque sou fascinada pelo mundo da espiritualidade e das terapias alternativas e porque o ser humano, para mim, sempre foi mais do que um mero corpo físico. Durante uma hora o orador falou sobre as diferenças entre a hipnose e a terapia regressiva, fazendo de seguida uma regressão colectiva. A sala estava cheia e seguindo as instruções dadas pelo Dr. Joel, eis a imagem que vi na minha mente:

Um campo infinito estendia-se luminoso à minha frente. O céu era claro, azul e sem nuvens. Uma mulher muito bonita, vestida de branco e com o cabelo longo castanho arruivado, corria livre e feliz por entre espigas de trigo. Estava calor e eu senti que aquela mulher era eu!
Em momento algum eu deixei de saber onde o meu corpo físico se encontrava, conseguindo sentir o calor da sala, ou uma mosca pousada na minha mão. Em momento algum eu inventei esta imagem, ou a tirei de um livro lido ou de um filme. Nunca antes tinha visto esta mulher ou estado naquele campo infinito côr do sol.

Seguindo, novamente, as instruções dadas, abandonei esta imagem e abri os olhos, regressando ao momento presente. Após uma partilha de experiências, o Dr. Joel Abreu perguntou-me se gostaria de saber mais sobre esta mulher desconhecida que senti ser eu. Surpresa disse que sim, e subi para um estrado onde estava colocada uma cadeira mais confortável, na qual me estendi, e onde regressei de novo à vida daquela mulher que era eu. Eis aquilo que vivi durante 1 hora:

Eu fui uma mulher muito bonita, vestida com um vestido branco e leve, calçada com umas sandálias de couro que apertavam com uns atilhos também de couro. Nos pulsos tinhas umas pulseiras de metal, largas, que serviam de adorno. Vivia numa casa caiada de branco, com um pátio largo e cheio de potes de cerâmica coloridos. Os potes foram feitos por mim, cozidos num forno e pintados à mão. Senti-me imensamente feliz ao falar sobres os potes e ao ver como estavam bonitos. Nos potes guardava ervas e temperos.
Tinha um filho, que eu via como sendo escuro. Não escuro de pele, mas escuro porque tinha uma sombra no corpo. Ao ver-me com a criança nos braços, lembro-me de sentir desespero por não ter o que lhe dar de comer. Chorei muito, durante alguns minutos, porque não sabia como resolver o meu problema. Estive muito tempo, em pé, com o meu filho nos braços, no pátio da casa que era minha a olhar o horizonte e à espera de algo, ou de alguém, que não sabia quem era.
Pediram-me, então, para regressar ao campo de trigo que tinha visto inicialmente e senti-me de novo alegre e livre, correndo feliz por entre as espigas. De repente, um homem surgiu no meu campo de visão. Este homem era forte, de corpo, parecia ser soldado porque estava vestido com um género de uniforme onde estavam aplicadas partes metálicas. O homem tinha uma barba de dias, dura e áspera e o aspecto era desagradável. Este homem agarrou-me e deitou-se em cima de mim. Eu chorei muito intensamente e senti nitidamente a barba áspera na minha pele, além de repugnância. Fui violada por este homem e o meu filho era dele. A sombra que eu via estava explicada, este filho não foi fruto de uma relação de amor.
Ao abandonar esta imagem de dor, voltei à minha casa e encontrei-me de novo em pé, com o meu filho escuro nos braços, esperando por algo ou alguém que me ajudasse. Lembro-me de sentir que esperei durante muito tempo mas não soube dizer a forma como ultrapassei o problema da falta de comida.
Avancei neste vida e vi esta mulher muito velha, rodeada por crianças, filhas da criança escura. Senti que consegui criar, sozinha, o meu filho e que o ajudei a ser um homem maravilhoso, forte mas gentil. Respeitado. Ri muito enquanto descrevia os meus netos e o homem que era o meu filho. Sentia orgulho, acima de tudo, e um amor profundo e incondicional.
Finalmente, vi o dia em que esta mulher, que era eu, morreu. O quarto tinha uma cama baixa, feita de palha, e uma janela larga, por onde o sol entrava a jorros. Morri deitada e feliz na minha cama. E quando morri fui invadida por uma luz quente e acolhedora. Senti-me feliz num estado quase sobrenatural.

Quando regressei ao momento presente, senti-me confusa e com uma sensação muito estranha. O meu rosto estava transfigurado. Tinha ido da extrema felicidade ao extremo sofrimento numa questão de minutos. Esta sensação demorou algumas semanas a desaparecer.

Mais tarde, percebi que a minha tendência para relações com pessoas erradas, que me faziam infeliz e que abusavam do meu amor e da minha entrega, estava explicada. Esta tendência tem que ser combatida! E percebi que basto eu para conseguir que os meus projectos cheguem a bom porto. Eu sou a minha alegria. Eu sou a minha força!

Esta viagem ajudou-me para além do esperado. Todos os dias me lembro de que fui capaz de sobreviver sozinha, e embora hoje em dia não tenha um filho, sei que quando o tiver vou ser uma mãe feliz e capaz.
Muita gente me perguntou, após esta experiência, se me sentia mais feliz. Não me sinto mais feliz, mas sinto-me mais confiante e segura de mim mesma. E todos nós sabemos que este é o primeiro passo para que tudo o que desejamos possa acontecer da maneira mais feliz.

Às vezes, quando fecho os olhos, vejo uma mulher linda, correndo feliz por uma campo de trigo, num dia de verão quente e luminoso...

Estela Ribeiro



Autumn by the watcher

Comments:
gostei muito da sua experiencia, nunca a deixe de a contar porque é muito linda.

Apesar de o dr.joel abreu nao estar entre nos fisicamente, inspirou e ajudou muita gente, como foi no meu caso tambem.

Um eterno obrigado a um verdadeiro mestre que me acolheu de dia e de noite na sua casa, e me ajudou sempre com a sua indeterminada força. obrigado meu eterno amigo, por os teus atos vi a caridade nas minhas maos e entendi o que fizeste por mim nunca deveria ser quebrado.

um bem haja para si e uma eterna gratidao ao dr.joel abreu
 
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